Em meio a uma extensa lista de composições
musicais e trabalhos escritos, Raymond Murray Schafer, nascido em 18 de julho
de 1933, desenvolve trabalhos como compositor, escritor, educador musical e
ambientalista. Alcançou reputação internacional principalmente por seu World
Soundscape Project (Projeto Paisagens Sonoras do Mundo). Suas teorias de
educação musical são seguidas no mundo todo.
Schafer estudou no Royal Conservatory of Music e
na University of Toronto e na Royal College of Music - RMC, de Londres. Sua
extensa e importante obra lhe conferiu vários prêmios como o de Compositor do
Ano do Canadian Music Council, em 1977 e o primeiro prêmio Jules Léger de New
Chamber Music, em 1978. Prêmio Internacional Arthur-Honegger em 1980; Prêmio
Nacional Banff CA nas Artes em 1985; Prêmio Glenn Gould em 1987.
Através de doações da UNESCO e da Donner
Canadian Foundation, montou um estudo sobre as relações entre pessoas e seu
ambiente acústico, o World Soundscape Project. No início da década de 1960,
Schafer baseou-se no serialismo e explorou a mitologia e o simbolismo da vida
moderna, resultando em estudos sobre os temas urbanos da alienação e da
psiconeurose.
Schafer revelou em seu trabalho uma ampliação do
limite estilístico e linguístico, além de uma forte consciência social motivadora
de suas atividades e criações. Nas salas de aula do Canadá, seu envolvimento na
educação musical resultou em experiências de introdução aos conceitos de
audição criativa e percepção sensorial de John Cage. Suas fontes de inspiração sonora são
ricamente diversificadas e pouco ortodoxas. É conhecido como o "pai da ecologia
acústica", pela preocupação com os efeitos prejudiciais do ruído sobre a natureza e as
pessoas.
Schafer
incentiva os artistas a aproveitar as riquezas do ambiente e das culturas
locais. Seus trabalhos dramáticos, chamados de “teatro da confluência”,
integram música e teatro. Alguns de seus importantes trabalhos são O
Minnelieder, com sua atmosfera Mahleriana, que na opinião de Schafer foi sua
primeira conquista importante – Statement in Blue, Threnody e Epitaph for
Moonlight, que introduzem sons incomuns durante o processo criativo a jovens
músicos – World Soundscape Project –
Music for Wilderness Lake –
Apocalypsis, que exige 500 artistas –
Patria, um ciclo de 12 partes de obras musicais/teatrais – The Enchanted
Forest e The Palace of the Cinnabar Phoenix, realizados na Floresta Haliburton
em 2005 e 2006 – Cartas de Mignon e Trovão de 2007, aclamadas pela crítica.
Entre suas publicações, podemos citar A Nova
Paisagem Sonora (1968) - O Livro do Ruído (1970) - Rinoceronte na Sala de Aula
(1975) - Educação Musical Criativa: Um Manual para o Professor de Música
Moderna (1976) - A Afinação do Mundo (1977) - O ouvido pensante: sobre educação musical (1986) - Uma
educação sonora: 100 exercícios de escuta e produção de som (1992).
Segundo Schafer, ouvir música é uma experiência
muito pessoal, sendo muito corajoso o indivíduo que segue por caminhos não
convencionais, experimentando a musicalidade divergente dos costumes sociais
que o cercam. Nesse ponto, ressalta que a curiosidade em relação à música abre
caminhos para aquisição de novos horizontes e descobertas.
Schafer desenvolve muitos dos seus trabalhos,
segundo conceitos da Ecologia Sonora, e desperta questionamentos a respeito de
como tratamos a paisagem sonora na contemporaneidade, quanto os ruídos
produzidos nas grandes cidades poluem e afetam a audição humana, a importância
do silêncio para a percepção dos sons formadores do ambiente sonoro, a limpeza
dos ouvidos, a improvisação e a revisão de conceitos musicais.
A Ecologia Acústica é o estudo do ambiente por
meio dos sons que nele ecoam. Cada ambiente selvagem do planeta, como a
Floresta Amazônica, a Mata Atlântica ou o Pantanal, produzem uma composição
sonora única. Alterações na harmonia sonora destes locais indicam problemas
ambientais. Assim, o estudo da paisagem sonora é importante para avaliar a
saúde de um determinado habitat.
Quando pensamos em paisagem, automaticamente
imaginamos algo visual, uma produção imagética. Acontece que Schafer trabalha o
Ouvido Pensante, construindo imagens mentais através dos sons constantes no
ambiente, frequentado ou estudado. O aluno é levado a pensar através do ouvir. Paisagem
Sonora é a construção de um local a partir de uma ou mais sonoridades. Povos e
lugares diversos apresentam paisagens sonoras distintas.
Na atualidade, nossa percepção visual está muito
mais desenvolvida do que nossa percepção sonora. Tente imaginar uma floresta,
uma praia ou o centro urbano da cidade de São Paulo... Quais sons surgem em sua
mente? Schafer apresenta em suas pesquisas a importância da limpeza dos ouvidos
e de reaprendermos a ouvir e a escutar. A alta quantidade de ruídos produzidos
pela civilização atual, como buzinas, sirenes, barulho de motores e máquinas
prejudicam muito nossa audição.
O ruído pode ser explicado como um som desagradável ou indesejável no contexto no qual é percebido. Assim, o canto produzido por um bando de pássaros pode ser um som agradável, durante um passeio pelo parque, mas pode se tornar ruído quando tentamos nos concentrar para fazer uma prova, dormir ou ouvir algo do nosso interesse.
Como educadores, podemos estimular as crianças
a perceberem e identificarem diferentes sons, nos diversos ambientes em que
vivem, através de atividades bastante simples. As crianças podem gravar sons nos
vários locais da escola, como pátio, quadra e corredores, para ouvir posteriormente e realizar uma análise crítica dos sons. Tal atividade facilita
o entendimento do que vem a ser a paisagem sonora do local.
Soundstreams presents 'Theseus' (1983)
by R. Murray Schafer
PAISAGEM SONORA - ECOLOGIA ACÚSTICA - FAPESP
Equipamento registra os sons do ambiente em uma área de Cerrado em Minas Gerais
Dentro das metodologias ativas, é importante que os alunos saibam utilizar as TDICs (tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), e aprendam a pesquisar. Portanto, pesquise na internet, de forma mais profunda, os temas abordados neste post.
Vamos brincar e fazer música? O CHROME MUSIC LAB (Laboratório de Músicas do Chrome) é um site que torna o aprendizado de música mais acessível por meio de experiências práticas e divertidas.
Esse experimento é inspirado em Wassily Kandinsky, uma artista que comparou a pintura à música. A ferramenta transforma qualquer coisa que você desenha - linhas, círculos, triângulos ou rabiscos - em som.
Primeiro aprecie as quatro pinturas Wassily Kandinsky e depois assista ao vídeo que explica como usar a ferramenta. Vamos experimentar?
KANDINSKY
Wassily Kandinsky: Linha Transversal - 1923
Wassily Kandinsky: Composição IX - 1936
Wassily Kandinsky: Composição VIII - 1923
Wassily Kandinsky: Red Spot II - 1921
CHROME MUSIC LAB: KANDINSKY(Como eu uso?)
VAMOS DESENHAR NOSSA MÚSICA?
CHROME MUSIC LAB
OBJETIVO
Apreciação da obra de Wassily Kandinsky
Experimentação de ferramenta online
desenvolver a criatividade
Trabalhar desenho
Trabalhar sons
PROPOSTA DE ATIVIDADE 02
MUSICALIZAÇÃO - ARTES VISUAIS
Com base no que foi visto e estudado até aqui. Vamos desenhar e/ou pintar uma Paisagem Sonora? Escute os áudios das postagens abaixo, escolha uma das Paisagens Sonoras e comece sua arte. Seu trabalho artístico pode ser feito com lápis, canetinhas, giz, tinta ou qualquer outro material... A escolha é sua!
Tucano de Bico Verde (1999) - Giz Pastel Oleoso sobre papel, 50 x 30 cm
Espécie de ave que habita a Mata Atlântica
Luiz Alberto de Souza
Leia a matéria até o final e veja a atividade proposta
O QUE É O MEIO AMBIENTE?
Foi durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, celebrada em Estocolmo, em 1972, que se definiu meio ambiente da seguinte forma:
“O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas.”
Em outras palavras, o meio ambiente é tudo aquilo que cerca um ser, influenciando de alguma forma sua vida. Isso pode ocorrer através de outros seres vivos da mesma espécie ou de outras espécies (fator biótico) ou através de fatores ambientais físicos (fator abiótico), como a temperatura, a umidade, o relevo do terreno, etc.
Para os seres humanos, o meio ambiente é fonte de recursos naturais, como a água, assim como é o lugar para atividades produtivas, como criação de animais e lavouras, e infelizmente, local para descarte de resíduos. Os homens satisfazem suas necessidades por meio da exploração dos recursos renováveis provenientes da agricultura, da pesca e do uso de energias alternativas, como a energia eólica, assim como, dos recursos não renováveis, como a extração de diversos tipos de minerais, o desmatamento para uso de madeira nativa, e o uso de combustíveis fósseis; petróleo, carvão e gás.
As sociedades contemporâneas utilizam quantidades enormes de matéria e de energia, explorando cada vez mais os ecossistemas do planeta, muitas vezes até sua degradação completa. Essa exploração desenfreada provoca muitos efeitos negativos, como a extinção de espécies e a erosão do solo. Outro efeito negativo resultante da degradação é a produção de resíduos que se tornam lixo nas cidades, além do excesso de poluentes atmosféricos, que causam o efeito estufa e mudanças climáticas, poluentes na água e na terra, além da poluição sonora.
Inicialmente os seres humanos eram parte integrante dos ambientes, vivendo em comunhão com as outras espécies e realizando pouca alteração na natureza. Mas com o tempo, dotado de inteligência e se multiplicando rapidamente pela terra (explosão demográfica), passou a dominar as outras espécies e alterar drasticamente o meio ambiente, principalmente através de desmatamentos, para construção de cidades, criação de animais e para lavoura, alagamentos para construção de usinas hidrelétricas e pela exploração de diversas matérias primas.
Nas últimas décadas tem crescido mundialmente uma forte conscientização sobre a importância de protegermos e preservarmos a natureza, que ainda nos resta. Assim, surgiram diversos encontros e conferências, para debater soluções coletivas para os problemas ambientais, como a Eco 92, convenção sobre a diversidade biológica realizada no Rio de Janeiro, no ano de 1992.
É cada vez mais imprescindível intensificarmos a luta pela preservação da natureza, sua fauna, flora, e demais riquezas naturais. Neste caminho são de suma importância a criação e ampliação de estratégias de desenvolvimento sustentável e de uma educação ambiental.
O ano de 2015 foi marcado pela união de vários países para tomada de decisões sobre novos caminhos, com a finalidade de melhorar a vida das pessoas em todos os lugares do planeta. São ações voltadas para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas. Surge através do trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) junto aos governos, sociedade civil e outros parceiros, uma agenda de desenvolvimento sustentável, resultando em novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A agenda reflete os novos desafios de desenvolvimento e está ligada ao resultado da Rio+20 – a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que foi realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro.
Por meio de Metodologias Ativas e através de uma Aprendizagem Baseada em Projetos/Problemas (ABP) o trabalho foi desenvolvido sobre a temática sustentabilidade (ODS 11 - 12), realizado com a parceria de familiares, alunos e professores de outras turmas e com a usina de reciclagem do bairro (ODS 17). Desenvolvemos questões ligadas a pobreza (ODS 1), a saúde e ao bem estar (ODS 3), assim como, a questão do trabalho (ODS 8) e da redução da desigualdade (ODS 10), ajudando os ecossistemas do planeta (ODS 14 – 15) sendo um projeto educacional de qualidade (ODS 4).
Na década de 1990 foi criado pelo empresário americano Ted Turner, o Capitão Planeta, um super-herói que alertava crianças e adolescentes sobre os problemas causados ao meio ambiente. No desenho animado, o Capitão Planeta surgia através da união dos poderes de cinco jovens protetores da natureza (terra, fogo, vento, água e coração) e junto com seus amigos, lutava contra os malfeitores, para manter o equilíbrio do meio ambiente. O herói se fortalece a partir dos elementos naturais e enfraquece através da sua exposição a qualquer tipo de poluente. A séria visa despertar a consciência ecológica nas crianças.
SAIBA MAIS... PESQUISE
1. Raymond Murray Schafer é um compositor, escritor, educador musical e ambientalista canadense, conhecido por seus projetos sobre as Paisagens Sonoras, e com sua preocupação com a Ecologia Acústica. Suas teorias de educação musical são seguidas por educadores do mundo inteiro. Para ampliar seus conhecimentos pesquise mais...
2. O Instituto Terra é fruto da iniciativa do casal, Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado, que em poucas décadas, diante de um cenário de degradação ambiental em que se encontrava a antiga fazenda de gado, adquirida pela família de Sebastião Salgado, na cidade mineira de Aimorés, tomou uma decisão: devolver à natureza o que décadas de degradação ambiental destruiu. Mobilizaram parceiros, captaram recursos e fundaram, em abril de 1998, a organização ambiental dedicada ao desenvolvimento sustentável do Vale do Rio Doce. Para ampliar seus conhecimentos pesquise mais...
Parque Nacional de São Joaquim, Urubici, Santa Catarina - Fotografia: Zé Paiva
A Floresta Tropical Atlântica, popularmente conhecida como Mata Atlântica, originalmente ocupava uma área de 1.300.000 km², em 17 estados. Atualmente, segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica, restam apenas 12,4% da floresta original. Dentro de certa homogeneidade, a Mata Atlântica apresenta um conjunto de formações florestais bastante diversificadas. Somam-se alguns ecossistemas associados a esse bioma, resultado das variações climáticas e de relevo, como o manguezal, restinga, campos de altitude, e brejos interioranos. Seu clima é caracterizado por temperaturas altas, elevada umidade relativa do ar, precipitações abundantes e nevoeiros frequentes.
A flora é composta por vegetação rica em espécies, como Ipês, Araucaria, Pau Brasil, Jequitibá, Manacá da Serra, Jabuticabeiras, Palmito Juçara, Begônias, ervas e uma infinidade de plantas. Fazem parte da riquíssima fauna desse bioma, espécies como a Onça Pintada, Onça Parda, Papagaios, Corujas, Queixada, Anta, Muriqui, Papagaio da Cara Roxa, Tartaruga de Couro, Mico Leão Dourado, Sapo Pingo de Ouro, Porco do Mato, Harpia, Tucano, Sabiá Laranjeira e muitos outros. Algumas espécies contidas neste bioma são endêmicas, ou seja, só existem na Mata Atlântica.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, encontramos na Mata Atlântica cerca de: 20 mil espécies de vegetais; 850 espécies de aves; 370 espécies de anfíbios; 200 espécies de répteis; 270 espécies de mamíferos; 350 espécies de peixes.
A devastação da Mata Atlântica corre de forma paralela ao desenvolvimento econômico do Brasil, sendo que, a cada ciclo econômico houve o desaparecimento de uma parcela importante da mata. Hoje, a Mata Atlântica é um bioma protegido pela Lei nº 11.428/2006. Porém, infelizmente ainda ocorrem desmatamentos em áreas consideradas de preservação ambiental, colocando em risco de extinção muitas espécies animais e vegetais.
O CINE BIOSFERA MATA ATLÂNTICA – RBMA, é um espaço para interação com as Crianças, Jovens, Adultos e Idosos que busquem mais conhecimento sobre a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
HISTÓRIAS DA GRANDE RESERVA MATA ATLÂNTICA apresenta paisagens que apaixonam, flora e fauna únicas, cultura e pessoas inspiradoras.
No canal do INSTITUTO ECOFUTURO é possível realizar trilhas e canoagem em rios dentro da Mata Atlântica, através de vídeos produzidos em realidade virtual com imagens em 360º - uma nova maneira de conectar-se com a natureza.
SECRETARIA DO VERDE E MEIO AMBIENTE
DE MOGI DAS CRUZES
Serra do Itapety - Mogi das Cruzes. Fotografia: Ney Samento/PMMC
Mogi das Cruzes conta com uma exuberante parcela de Mata Atlântica em seu território, sendo que 65% do município estão situados em áreas de preservação ambiental, abrigando espécies raras da flora e da fauna. Essa rica biodiversidade é a segunda maior reserva de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, formada pela Serra do Itapety, Serra do Mar e trechos que seguem ao longo do Rio Tietê. O espetáculo formado pela fauna e flora abundantes, rios, cachoeiras e lagoas naturais, atrai muitos turistas e pesquisadores para o território mogiano.
A cidade investe em educação ambiental, com projetos e espaços específicos, como o Parque Municipal da Serra do Itapeti, o Núcleo Ambiental da Ilha Marabá e a Escola Ambiental, projeto referência na área, unindo desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente.
PROPOSTA DE ATIVIDADE 01 - ARTES VISUAIS
Com base no que foi visto e estudado até aqui, sobre o bioma Mata Atlântica. Vamos criar uma obra de arte? Observe as imagens abaixo e faça um desenho. Seu trabalho artístico pode ser feito com lápis, canetinhas, giz ou qualquer outro material... A escolha é sua!
Caneleirinho de Chapéu Preto - Foto: Erick Noe Tapia Banda
Gato Maracujá - Foto: Purestock/ Thinkstock
Mico Leão Dourado - Foto: iStockphot/ Thinkstock
Jandaia de Testa Vermelha - Foto: 鸣 朱/ Creative Commons
Juruva - Foto: João Vitor Perin Andriola, retirada do eBird
Muriqui do Norte - Foto: Anderson Ferreira/Sua Foto
Onça Pintada - Foto: iStockphot/ Thinkstock
Quati - Foto: iStockphot/ Thinkstock
Saíra Ferrugem - Foto: Chris Wood
Tangarazinho - Foto: Diogo Luiz, retirada do INaturalist
Dentro de uma metodologia ativa, é importante que os alunos saibam utilizar as TDICs (tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), e aprendam a pesquisar. Assim, pesquise na internet, imagens da Mata Atlântica, sua fauna e sua flora, para apreciação e inspiração.
PROPOSTA DE ATIVIDADE 02 - ARTES VISUAIS
Com base no que foi visto e estudado até aqui. Vamos colorir os desenhos do Araçari Banana e da Onça Parda? Disponibilizados pelo grupo Legado das Águas. Ou vamos colorir os personagens da série animada Capitão Planeta?Você tem a opção de imprimir as imagens ou desenhar uma delas. Seu trabalho artístico pode ser feito com lápis, canetinhas, giz ou qualquer outro material... A escolha é sua!
Dentro de uma metodologia ativa, é importante que os alunos saibam utilizar as TDICs (tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), e aprendam a pesquisar. Assim, pesquise na internet, imagens que auxiliem na sua produção artística.
ENCICLOPÉDIA DO ESTUDANTE; DIAS, Gabriela (Ed.). Ecologia, Ecossistemas e desenvolvimento sustentável. São Paulo; Editora Moderna Ltda, 2008.
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/possibilidades-adaptacao-proposta-didatica-shafer.htm. Acesso em 16 de junho de 2020.
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/. Acesso em 16 de junho de 2020.
http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/pagina/secretaria-do-verde-e-meio-ambiente/meio-ambiente-em-mogi. Acesso em 16 de junho de 2020.
https://www.infoescola.com/biomas/mata-atlantica. Acesso em 16 de junho de 2020.
https://carmenriverocolina.wordpress.com/2013/05/29/20-animais-da-mata-atlantica. Acesso em 16 de junho de 2020.
https://blog.parquedasaves.com.br/2019/12/10-aves-da-mata-atlantica. Acesso em 16 de junho de 2020.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Mata Atlântica"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/mata-atlantica.htm. Acesso em 16 de junho de 2020.
Acervo permanente do MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil)
Leia a matéria até o final e veja a atividade proposta.
A Arte Naïf, do francês, arte ingênua, tem origem no final do século XIX, em uma exposição de Henri Rousseau, no Salon des Indépendants, em Paris. Outro nome utilizado para descrever este estilo é arte primitiva, porém, tal definição carrega problemas conceituais e é desatualizada.
No século XIX o termo “Arte Primitiva” era usado para definir a arte realizada antes do Renascimento. A expressão foi utilizada também para diferenciar a sociedade europeia da época, em relação às culturas consideradas menos civilizadas ou antigas, e posteriormente, passou a incluir em seu significado a arte de culturas ancestrais anteriores a qualquer civilização.
O termo primitivismo é muitas vezes aplicado ao artista profissional que trabalha no estilo Naïf. Muitas vezes estes artistas são chamados também de primitivos modernos.
A Arte Naïf é uma arte popular, natural, espontânea e autêntica, que na maioria das vezes é obra daqueles que não tem formação acadêmica sistemática. O termo naïf é apropriado ao explorar fatores éticos e estéticos das obras produzidas nesta vertente artística. Alguns, no entanto, acreditam que o termo é pejorativo, por dar a impressão de que os trabalhos neste estilo são feitos de forma desajeitada e amadora. Na realidade, a Arte naïf nos apresenta um artista humanista, que num sentido amplo, significa dizer que, o produtor do artefato artístico valoriza em sua obra, o ser humano e a condição humana acima de tudo. O trabalho autodidata, as temáticas escolhidas para serem retratadas e a natureza instintiva de suas obras, dão similaridade ao grupo e são qualidades essenciais da Arte Naïf. Dentro de uma poética pictórica, o artista seleciona elementos da tradição popular para compor sua obra.
Esculturas Naïf em barro - Coleção particular
Obviamente a Arte Naïf não foi um privilégio europeu, surgindo artistas Naïf nos Estados Unidos, Oriente Médio, América Latina e Oriente. No Brasil, a arte Naïf passou a ser valorizada após o Movimento Modernista, que evidenciava o gosto por tudo o que era genuinamente nacional.
MUSEU INTERNACIONAL DE ARTE NAÏF DO BRASIL
ARTISTAS NAÏF PELO MUNDO
França
Henri Rousseau (1844 Laval – 1910 Paris) - Considerado o primeiro artista naïf
Louis Vivin (1861 Hadol – 1936 Paris)
Séraphine Louis 1864 Arsy – 1942 Clérmont)
Dominique Peyronnet (1872 Talence – 1943 Paris)
André Bauchant (1873 Château-Renault – 1958 Montoire)
O artista plástico de Mogi das Cruzes já realizou mais de 6 mil telas com imagens tipicamente nacionais, sendo que aproximadamente 2500 estão no exterior. Sua obra é bastante reconhecida nos EUA, Alemanha e Japão.
Nerival nasceu em 1953, em Garanhuns-PE e trabalhou até os 16 anos na lavoura. No início dos anos 1960, emigrou para São Paulo e em 1968 pintou seu primeiro quadro a óleo, ao observar a destruição do bosque do Parque D. Pedro. Entre 1971 e 1982, trabalhou em algumas empresas e mesmo desempregado, trabalhando como pedreiro, não desistiu da sua arte. Em 1973 expôs na Praça da República e entre 1982 e 1986, passou por uma fase cubista.
O brilhante artista é admirador do francês Henri Rousseau, o pai dos Naïfs, de Picasso, Van Gogh e do brasileiro Portinari. Cores vivas e a preservação da natureza são as marcas registradas da obra de Nerival Rodrigues, que expõe em suas telas as paisagens sertanejas, festas na roça, cenas caipiras e de colheita.
Na década de 1990, Nerival Rodrigues pintou o mural "A liberdade Questionada", para o Centro de Estudos Gerais da Universidade Nacional de Costa Rica, fundada por intelectuais do porte de Paulo Freire e Darcy Ribeiro.
Uma das mais importantes realizações de sua carreira foi realizada em 2005, no Centro de Negócios de São Paulo (Cenep) onde produziu o painel Primícias da Vida, obra com 6 metros de altura e 22 metros de comprimento, tendo como temática a alimentação da humanidade.
PROPOSTA DE ATIVIDADE - ARTES VISUAIS
Com base no que foi visto e estudado até aqui sobre a Arte Naïf, vamos realizar a releitura de uma obra de Nerival Rodrigues.
Dentro de uma metodologia ativa, é importante que os alunos saibam utilizar as TDICs (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), e aprendam a pesquisar. Assim, pesquise na internet, imagens de obras de arte de Nerival Rodrigues para apreciação e inspiração, e escolha uma das obras para o trabalho de releitura.
A arte pode ser feita com lápis, canetinhas, giz ou qualquer outro material... A escolha é livre! O importante é lembrar que na releitura o(a) estudante vai reconstruir a obra realizando alterações, incluindo objetos do seu convívio, alterando cores e outros detalhes. Em obras muito complexas o aluno pode fazer uma releitura a partir de um “pedaço” da obra (não precisa desenhar tudo o que é observado). Pode e deve colocar na obra aquilo que tem sentido para sua vida... E o mais importante de tudo é lembrar que Releitura não é cópia. Bora fazer arte?
