terça-feira, 25 de agosto de 2020

A ARTE E A CIÊNCIA DE LEONARDO DA VINCI

Filho ilegítimo do escrivão Ser Piero da Vinci e da camponesa Catarina, Leonardo nasceu em Vinci, próximo de Florença, no dia 15 de abril de 1452.

Autorretrato de Da Vinci (1512)
33 cm x 22 cm - Sanguínea

Foi provavelmente aos 14 anos de idade, que Leonardo da Vinci entrou no ateliê de Verrochio, o mais famoso de sua época, e foi trabalhando com o mestre e seus discípulos que começou a exercitar a agilidade de seu desenho. Sem renegar a tradição do traço e do claro-escuro florentinos, Da Vinci enriquece os projetos de seu mestre, envolvendo tais obras com uma luz mais suave. É nesse período de sua carreira, que são realizadas a "Madona Santa", de São Petersburgo, obra dotada de estrutura romântica e muita delicadeza no rosto da Virgem e "O Batismo de Cristo" que deve a Vinci, a beleza clara e lânguida do anjo presente no lodo esquerdo da obra.

O Batismo de Cristo (1472 - 1475)
Tinta a óleo - 1,77 m x 1,51 m
Andrea del Verrocchio e Leonardo da Vinci

Aos vinte anos Da Vinci se inscreve no registro dos pintores de Florença.

As primeiras obras pessoais e independentes do artista são a "Madona de Munique" e a "Anunciação do Monte das Oliveiras". Neste último, as asas do anjo apresentam evidências dos seus estudos sobre o voo dos pássaros, assunto que o intrigava sobremaneira.

A Anunciação (1472 - 1475)
Tinta a óleo - 98,4 cm  × 217 cm
Leonardo da Vinci

“Ele atingirá seu voo, o grande pássaro vai preencher o mundo com sua fama” Leonardo da Vinci.

Estas palavras não constituem apenas uma fascinante profecia sobre aviões ganhando os céus, mas revelam também, o desejo ardente em desenvolver um mecanismo voador, que permitiria realizar o sonho de Ícaro, dando ao homem o poder de voar.

Da Vinci sempre sonhou em voar, e isso está presente em seus vários desenhos de máquinas voadoras. Ele projetou até um helicóptero, uma asa delta, um paraquedas e até uma hélice. O mundo de Da Vinci é fantástico, irreal e romântico.

MAQUINAS VOADORAS DE DA VINCI

Leonardo da Vinci tinha uma visão aristotélica do mundo, sendo um espírito genial e curioso, que investigava tudo o que lhe aparecia diante dos olhos, e depois, lançava-se em pesquisas apaixonadas em todos os campos do conhecimento. Essa afirmativa pode ser facilmente comprovada ao observarmos os inúmeros desenhos por ele produzidos e que, de certa maneira, revelam o botânico, o anatomista, o geólogo e o engenheiro que ele foi. Em uma carta a Ludovico, o Mouro, ele relaciona seus atributos: Engenheiro militar, estrategista, construtor de armas, e em tempo de paz “compositor” de edifícios, engenheiro de águas, pintor e escultor. Fez papel de decorador e diretor de cena em 1490, com a “Festa do Paraíso”. Trabalhou como especialista em arquitetura, em Florença, e como engenheiro chefe das fortificações de César Bórgia, em Romagna. Depois deste período, viveu alguns anos em Milão, com os títulos de pintor e engenheiro, com salário alto e fixo, e todas as condições possíveis para se dedicar às pesquisas científicas.

Desenho de uma grande besta com rodas inclinadas
e outras bestas - Leonardo da Vinci

Igreja com domos no plano central e estudo
da relação das proporções - Leonardo da Vinci

Ilustração botânica - Desenho de uma anêmona Nemrosa
Leonardo da Vinci


Desenho do torso de uma mulher
Leonardo da Vinci

AMPLIE SEUS CONHECIMENTOS... PESQUISE

O interesse de Da Vinci por botânica remonta a sua juventude. Mas o que são ilustrações botânicas?

Muito usadas antigamente, as ilustrações botânicas são verdadeiras relíquias que inspiram artistas e estudiosos no mundo todo. Antes da existência de máquinas fotográficas, era por meio das ilustrações botânicas que se tinha acesso à rica e infinita variedade de espécies de plantas e flores ao redor do mundo. 

Biblioteca do Patrimônio da Biodiversidade

The Botanic Garden, Volume 8
Biblioteca do Patrimônio da Biodiversidade

Dentro das metodologias ativas, é importante que os alunos saibam utilizar as TDICs (tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), e aprendam a pesquisar. Portanto, pesquise na internet sobre o tema central deste post, o gênio Leonardo da Vinci e suas obras, assim como, os outros assuntos abordados, caso das ilustrações botânicas e seus artistas... Amplie seus conhecimentos! 

LEONARDO DA VINCI – 500 ANOS DE UM GÊNIO

O mito de Leonardo da Vinci como pai da antecipação científica remonta ao final do século XIX, quando a sociedade passou a ver neste mestre, aquele que reunia em si mesmo todas as conquistas da humanidade, a expressão máxima do homem da Renascença.

A pintura é uma coisa mental” Leonardo da Vinci

Na realidade Da Vinci era um homem cheio de contradições e incertezas, angústias e dúvidas, em busca da expressão perfeita. Suas anotações contêm observações científicas entrecortadas por reflexões filosóficas. Sua insatisfação também se revela em seus projetos artísticos, onde por vezes, deixa obras inacabadas, conforme indicam inúmeros esboços e projetos interrompidos. Por outro lado, seus quadros prediletos são produzidos com esmero e dotados de acabamento minucioso.

Leonardo da Vinci é o maior exemplo de cultura florentina de seu tempo, curioso e consciente de sua força e inteligência.

 Imagine os rostos dos homens e das mulheres quando cai a tarde, na rua, quando o tempo está cinzento... que graça e doçura os iluminam... essa é a expressão perfeita”. Anotações de Da Vinci no manuscrito “A” da Biblioteca Nacional de Paris.

A plenitude contida neste pensamento é atingida em Mona Lisa (La Gioconda), pois é exatamente este sopro de luz velada que ilumina a face da mulher. Ele mergulha sua personagem em um degradê de nuances quase crepusculares. Mona Lisa se tornou o retrato mais famoso de todos os tempos e possivelmente o mais valioso do mundo. Foi nessa pintura a óleo sobre madeira que o gênio trabalhou melhor a técnica do esfumaçado (sfumato). Nela, as formas foram construídas a partir de camadas tão finas de velatura, que todo o painel parece exalar uma luz suave, atingindo um grau de perfeição para seus contemporâneos, que parecia um milagre.

Mona Lisa (1503) - 77 cm x 53 cm - Tinta a óleo
Leonardo da Vinci

Em 2010 o pesquisador italiano Silvano Vinceti, presidente da comissão nacional de patrimônio cultural da Itália, descobriu que Da Vinci escondia códigos nas pupilas de Mona Lisa, invisíveis a olho nu. Ao analisar a pintura com o auxílio de um microscópio eletrônico, o cientista encontrou uma série de letras. Na pupila direita identifica-se LV (Leonardo da Vinci) e na esquerda, ligeiramente borradas, algo parecido com CE ou CB, que não se sebe o significado, mas que podem ser as iniciais do nome da modelo.

Mas... Quem foi Mona Lisa???

Ainda não existe esta resposta, porém, há muitas hipóteses, como sendo a famosa pintura, um retrato da florentina Lisa Gherardini (Lisa del Giocondo), esposa de Francesco Giocondo, rico comerciante de Florença, ou de uma modelo chamada Isabella D’Este, mulher da nobreza de Mântua. Alguns afirmam ainda, que o rosto pintado é na verdade, de um homem, uma representação transgênera que poderia ser o retrato de Francesco Giocondo, de um adolescente chamado Andre Salai e até mesmo, um autorretrato de Da Vinci com traços femininos.

É interessante observar que Da Vinci pintou as duas obras consideradas mais famosas do mundo, "A Última Ceia" e "Mona Lisa", que exerce uma incrível sedução tanto em críticos quanto no público em geral. A expressão do rosto, com o célebre sorriso enigmático, é incompreensível e distante.

Leonardo Da Vinci tinha 30 anos quando pintou sua primeira obra de grande envergadura, "Adoração dos Magos", para a Igreja de São Donato, em Scopeto. Esta é provavelmente a obra de composição mais ousada de Da Vinci, mesmo comparada a trabalhos posteriores.

Da Vinci foi um desenhista sem igual, e seu traço não servia apenas para esboçar suas pinturas, mas o ajudava a ilustrar suas observações científicas, seja de botânica ou de mecânica, flores, amimais ou anatomia. Ele criou a moderna ilustração científica.

Na pintura mural da "Santa Ceia", produzida para o refeitório de Santa Maria das Graças, em Milão, Da Vinci rompe a rígida tradição das ceias toscanas da época. Através da dramaticidade, os personagens vibram, surgem gestos nervosos e fisionomias angustiadas, cada qual reage a seu modo, revelando sua personalidade própria. A pintura exemplifica o que DA Vinci anotou em um de seus cadernos, que o objetivo mais elevado da pintura é o de retratar “a intenção da alma humana”. Esta máxima não se refere a estados emocionais momentâneos, mas à vida interior do homem em sua totalidade.  Na composição, rigorosamente simétrica, a obra reúne os personagens em trios, tornando-se singularmente mais leve.

A Última Ceia (1495 – 1498) - Têmpera, gesso, Mástique, Breu
Afresco de Leonardo da Vinci - 4,6 m x 8,8 m

Ainda em Milão, Da Vinci pinta "A Virgem nos Rochedos", onde todos os componentes do quadro, rochas, plantas, flores e personagens são produzidos com igual vitalidade.

Da Vinci adquiriu todo o seu conhecimento a partir das próprias experiências, o que não era normal em sua época, pois os letrados de seu tempo eram aqueles que sabiam “autores” e comentavam os textos sagrados, fonte da ciência antiga.

De volta a Milão, Da Vinci praticamente abandona a pintura, porém, é desta época a passagem para pintura, do desenho de "Sant’Ana", que uma década antes, havia maravilhado o povo de Florença. A execução um pouco apagada e esfumaçada revelam as mãos de seus discípulos, dando a obra final, aspectos inferiores aos desenhos preparatórios. O desenho em cartão de "A Virgem Sant’Ana, o Menino Jesus e São João" é outra versão da célebre composição.

"São João Batista" do Louvre remonta a breve estada deste mestre em Roma, assim como "Virgem com o menino" e "Leda e o Cisne", destinada provavelmente ao seu protetor Juliano de Médicis.

Ao chegar à França, da Vinci alcança finalmente a posição privilegiada que sempre desejou. Como de chefe de uma escola, incontestado, admirado e também invejado, pode então, dedicar-se com toda tranquilidade às pesquisas de sua predileção.

O mestre julgava ser a pintura, intelectualmente superior ao trabalho do escultor. Para da Vinci, enquanto o escultor manipula o martelo e o cinzel, coberto de suor e de pó, o pintor encarna o gosto da moderação, elegância e refinamento de um mestre. Sobre isso Da Vinci disse: “O pintor senta-se à vontade diante de seu trabalho e seu pincel mistura e espalha belas cores; veste-se como lhe agrada; sua casa, ornamentada com belos quadros está limpa e bem conservada; no ar ressoam agradáveis melodias e leituras de belas obras, que são muito mais prazerosas aos ouvidos do que o barulho do martelo e o alarido do ateliê...”.

Em 1516 Da Vinci deixa a Itália, acompanhado por Melzi, seu fiel aluno. Instala-se no castelo de Cloux, cercado por suas pinturas preferidas, desenhos e manuscritos, que deixará de herança ao seu discípulo preferido. Leonardo da Vinci morre em 2 de maio de 1519, sendo enterrado conforme seu desejo, no claustro do convento Saint-Florentin, em Amboise, França.

Ninguém sabe o motivo, mas Da Vinci registrou em seu testamento o desejo de que 60 mendigos acompanhassem seu caixão, entre familiares, amigos e nobres... E assim foi feito.

Vinte anos após sua morte, o rei da França, Francisco I, recordava de seu grande amigo: “Nunca nasceu no mundo outro homem que soube tanto como Leonardo, não por seus conhecimentos de pintura, escultura e arquitetura, mas por ter sido um grande filósofo”.

Qual a relação entre Da Vinci e o Batman???

Na realidade, não há relação direta entre eles, porém, indiretamente... Após o grande sucesso do Super-Homem, a DC Comics encomendou ao jovem cartunista, Bob Kane, a criação de outro super-herói. Então, observando as obras de Leonardo da Vinci em busca de inspiração, Kane se depara com velhos esboços de máquinas voadoras, e através destes desenhos, Bob Kane cria um personagem com asas de morcego. A ideia de lutar contra o mal, espalhando terror nos corações dos criminosos vem da série radiofônica do Sombra. Para completar a criação, emprestou do Zorro a ideia do quartel general ser uma caverna, e do personagem ser alguém rico, saindo pela noite usando uma máscara em defesa dos oprimidos.

Projeto de uma asa com nervuras
Leonardo da Vinci

Para a composição final do personagem, Kane chamou Bill Finger, que sugeriu várias mudanças, como a substituição de asas por uma capa e a introdução do cinto de utilidades. Em maio de 1939, na Detective Comics número 27, o mundo via pela primeira vez as aventuras de Batman. Porém, a origem do herói é revelada somente na Detective Comics 33, onde Thomas e Martha Wayne são friamente assassinados em frente ao pequeno Bruce Wayne, devido a uma tentativa de assalto.

Detective Comics número 27
Bob Kane e Bill Finger

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 01

A obra “Dama com Arminho” é uma pintura feita em óleo sobre madeira por volta do ano de 1490, pelo artista Leonardo da Vinci. A pintura é um retrato de Cecília Gallerani, encomendada por Ludovico Sforza, o Mouro.

A jovem aparece dirigindo a cabeça para o lado, por cima do ombro em atitude de escuta, e uma das suas mãos destaca-se principalmente pela delicadeza.

A escuridão e o vazio do fundo fazem contraste com o tom de pele da personagem e com os vermelhos e azuis do seu vestido. A iluminação lateral incide sobre a parte mais significativa do quadro, o rosto da jovem, sua mão e o animal. Dessa forma, a figura destaca-se do fundo sem se fundir com ele. 

A técnica de pintura utilizada pelo artista foi o esfumado (sfumato) renascentista, presente na personagem principal e também no arminho, animal que ela segura encaixado em seu colo. Este animal é sinal de nobreza, pureza e elegância, e não estava presente no momento da confecção da pintura.

A imagem de Cecilia Gallerani é uma amostra notável do retrato feminino durante o Renascimento.

A Dama com o Arminho (c. 1490)
54 cm x 39 cm - Tinta a óleo
Leonardo da Vinci

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos fazer uma releitura da obra A Dama com Arminho?

Seu trabalho artístico pode ser feito através da fotografia, do uso de lápis de cor, canetinhas, giz, tinta, colagem ou tudo junto... A escolha é sua!

Lembre-se de que Releitura não é cópia. Então, personalize sua produção... Você tem algum bichinho de estimação para substituir o Arminho? Quem estará no lugar de Cecília Gallerani? Pode ser você ou alguém que você ama ou admira... Uma tia, a mamãe ou uma professora.

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 02

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos colorir um desenho que represente uma das artes do mestre Da Vinci? Abaixo temos a representação das obras "A Dama com o Arminho" e "Mona Lisa".

Para colorir os desenhos, você pode se inspirar nas pinturas de Leonardo da Vinci apresentadas aqui no blog, sem a necessidade de pintar com as mesmas cores. Lembre-se de que a ideia não é fazer uma cópia, então, use sua criatividade. 

Você pode imprimir as imagens ou desenhá-las, e seu trabalho artístico pode ser feito com lápis de cor, canetinhas, giz, tinta, colagem ou tudo junto...

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 03

Para esta atividade vamos desenvolver uma obra de arte com foco na botânica. Mas... O que é botânica?

Segundo o dicionário MichelisBotânica é o ramo da biologia que tem por objeto o estudo dos vegetais, a descrição dos seus caracteres e a sua classificação; fitologia”. 

O site Brasil Escola indica que a “Botânica é o estudo da fisiologia, morfologia, ecologia, evolução, anatomia, classificação, doenças, distribuição, dentre outros aspectos das plantas. Essa ciência foi reconhecida como tal em 1979”.

Então...

...Como primeira alternativa desta atividade, proponho trabalharmos com a fotografia, de forma que você deve fotografar uma planta por ângulos diferentes. E não se esqueça de anotar o nome da planta, pois as referências botânicas devem conter imagens e legendas. A fotografia pode ser colorida, preta e branca ou desenvolvida através de algum filtro constante no App do celular, ou demais tecnologias digitais usadas para fotografar... A escolha é sua!

 
Jurema Preta - Árvore típica da Caatinga
Nome Científico - Mimosa Hostilis Benth ou Mimosa Tenuiflora
Fotografia - Luiz Alberto

Como segunda opção da atividade, você pode fazer a ilustração de uma planta utilizando material para desenho, como lápis, lápis de cor, giz, canetinhas ou outro material de sua preferência.

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 04

Nesta atividade vamos trabalhar com um dos maiores (se não o maior) símbolos da cultura pop... o Batman.

Vamos fazer como Bob Kane e inspirados pelos desenhos das maquinas voadoras e asas, desenvolvidas pelo mestre Da Vinci, vamos desenhar o Homem-Morcego. A proposta desta atividade é adentrarmos ao universo das HQs da DC Comics, mais especificamente, no mundo sombrio de Gotham City e de seus incríveis personagens. Você já imaginou como ficaria a Mulher-Gato ou a Batgirl no lugar da Mona Lisa... E fazer a releitura da capa da Detective Comics número 27... Não seria super legal??? Então vamos lá... Mãos à obra!

Estudo/Releitura do Batman de Frank Miller
The Dark Knight Returns
Luiz Alberto - Nanquim

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OBJETIVOS

Ampliar o repertório cultural dos estudantes.

Ampliar o repertório visual dos estudantes.

Conhecer a vida e obra de Leonardo da Vinci.

Conhecer e entender as diferentes possibilidades expressivas através do desenho, da pintura, da fotografia e das HQs.

Trabalhar diferentes técnicas para criar imagens expressivas.

Desenvolver trabalho de pesquisa através das TDIC.

Estimular pesquisas qualitativas aos educandos.

Desenvolver a criatividade do estudante.


 BIBLIOGRAFIA 

COLEÇÃO FOLHA PINTORES PARA CRIANÇAS. Leonardo da Vinci. São Paulo. Ipsis Gráfica e Editora S.A. 2019.

JONSON, Horst Waldemar; JONSON, Anthony. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Livraria Mrtins Fontes Editora LTDA, 1988.

COLEÇÃO DE ARTE. Da Vinci. Editora Globo S.A. São Paulo. 1997

https://super.abril.com.br/historia/quem-era-a-mona-lisa/#:~:text=Tratava%2Dse%20de%20uma%20mulher,semelhantes%20aos%20da%20Mona%20Lisa. Acesso em 24 de agosto de 2020.

https://super.abril.com.br/historia/9-perguntas-sobre-leonardo-da-vinci-que-nunca-se-calam. Acesso em 24 de agosto de 2020.

https://followthecolours.com.br/art-attack/ilustracoes-botanicas. Acesso em 24 de agosto de 2020.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

RELEITURA

Releitura com massinha... Que legal Fessor!!! Mas o que é releitura??? É por causa deste tipo de reação, que devemos primeiramente explicar aos(às) estudantes o que é uma Releitura. 

Vou iniciar o post enfatizando que releitura não é cópia! Explicarei então, o que é uma releitura e quais as principais diferenças em relação à cópia, elucidando ainda, de forma resumida, o que vem a ser o plágio e a falsificação

O dicionário Michaelis apresenta em seu verbete “Releitura” a etimologia da citada palavra com dois significados – “Ato de reler” ou “Segunda Leitura”.

Picasso declarou: “Fazer uma boa releitura é divino, pintar porcaria é para cretino”.

Então, basta entendermos que fazer uma releitura nada mais é que, interpretar uma obra já existente, adicionando nossa própria visão a ela. Para isso, é necessário primeiramente, entender o conceito e a mensagem da obra original. Não estamos falando em reproduzir a obra, então, não precisamos utilizar a mesma técnica, nem os mesmos materiais. Deve ficar bem claro que o importante em uma releitura, não é o grau de semelhança desta com a obra inspiradora.

Dessa forma, a releitura de uma pintura a óleo poderá ser feita através da fotografia, da escultura, de diferentes estilos de desenho e colagens, entre outras linguagens artísticas. O importante é que ao final do processo, a releitura (trabalho final) mantenha vínculo com a obra inspiradora (a obra original).

RELEITURAS DA MONA LISA (LEONARDO DA VINCI)

Segundo Heleny Galati, “A diferença entre releitura e cópia é a seguinte: na cópia você reproduz fielmente (ou pelo menos tenta) o quadro do artista. Neste caso, a pessoa está apenas preocupada com a observação e a capacidade para copiar. Já a Releitura implica em produzir aquilo que se entendeu da obra, sem preocupações com semelhanças. É o sentimento se aliando à observação na produção de um trabalho". 

Uma releitura pode ser realizada inclusive, como forma de homenagear um artista que você conhece ou admira.

Existe mais de cinco mil releituras da obra Mona Lisa (A Gioconda), de Leonardo da Vinci, todas consideradas originais, produzidas por artistas de todas as partes do mundo.

RELEITURAS DA MONA LISA (LEONARDO DA VINCI)

Para conseguirmos realizar uma boa releitura, é preciso conhecer aspectos da obra inspiradora, assim como, da sociedade e do momento em que o objeto artístico foi confeccionado, do artista que a produziu, e dos outros artistas e obras da mesma época. Devemos então, absorver todo o conhecimento possível para entender de verdade a obra em questão, e por fim, realizar nossa interpretação. Assim, podemos concluir que uma boa releitura irá depender de uma boa leitura (compreensão) da obra original.

É importante compreender que a releitura não é exclusividade das Artes Visuais, podendo ocorrer em outras linguagens artísticas, como no teatro, na música (versão) e na dança

RELEITURA DE UM CAPÍTULO DE RADIONOVELA

TV Brasil - Em comemoração aos 80 anos da Radionovela no Brasil, a EBC regrava cena de "Em Busca da Felicidade"

RELEITURAS DA OBRA DE PIET MONDRIAN

Piet Mondrian - Composição com Grande Plano
Vermelho, Amarelo Azul e Preto (1921)

Coleção Mondrian de Yves Saint Laurent

Urbano HYPE - Tok Stok (2010) - mistura a arte de Mondrian
com os designers de Gerrit Rietveld e de Eero Saarinen

Vans Authentic Mondrian e
Nike SB Dunk Low Pro - Piet Mondrian

Prefeitura de Haia - Holanda

RELEITURA
A MORTE DE MARAT - Jacques Louis David (1793)
A MORTE DE MARAT - Vik Muniz - Lixo Extraordinário (2010)

Como educadores(as), ao pensarmos em tudo que devemos considerar valioso, para a realização de uma boa releitura, é importante entendermos que os(as) estudantes precisam acompanhar e compreender os fatos que influenciaram o(a) artista e suas criações. A arte, assim como a educação, não é neutra.

Fazer uma releitura implica em produzir algo novo, reinterpretando aquilo que se entendeu da obra original e acrescentando vivências e significações (contextualização), sem preocupações com semelhanças. 

RELEITURA
NARCISO (1597 - 1599) - Caravaggio
NARCISO - Vik Muniz - Lixo Extraordinário (2010)
 

RELEITURAS DA OBRA DE IVAN CRUZ

Brincando com Pião - Arte de Ivan Cruz

Releitura da obra de Ivan Cruz
Criança brincando na pandemia (2020) - Giz de Cera
Luiz Alberto

Releitura feita com massinha de modelar
Alunos da EM Benedito Laporte - Mogi das Cruzes-SP

Releitura feita com papelagem
Alunos da EM Benedito Laporte - Mogi das Cruzes-SP

AMPLIE SEUS CONHECIMENTOS... PESQUISE

O artista plástico Ivan Cruz nasceu em 1947 e passou sua infância nos bairros do subúrbio carioca. Mesmo tendo interesse pela arte, primeiramente se formou em direito (1970) e somente depois, em 1986, abandona a advocacia e ingressa na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), passando a dedicar mais tempo à sua produção artística.

Dentro das metodologias ativas, é importante que os(as) estudantes saibam utilizar as TDICs (tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) e aprendam a pesquisar. Portanto, pesquise na internet sobre o tema abordado neste post e amplie seus conhecimentos sobre o artista Ivan Cruz e suas obras.

Para saber mais sobre a arte de Ivan Cruz, acesse o material abaixo 

Já a cópia, por sua vez, propõe refazer a obra usando inclusive as mesmas técnicas e materiais que o artista original usou. A cópia precisa estar fiel ao objeto artístico original, traços, cores, e até mesmo o tamanho. Neste caso, podemos dizer que se trata de plágio ou até mesmo, de uma falsificação, que é considerada crime.

É importante lembrar que o poder de observação e a capacidade para copiar uma obra, não desenvolvem no(a) estudante a criatividade. Ao final teremos apenas um(a) ótimo(a) copista. 

Segundo o consultor de arte, João Carlos Lopes dos Santos, “Quem é artista cria, não copia”. “Sou de opinião que só há talento, onde se detecta criatividade. Quando o assunto é cópia, não há o que se falar de talento, mas sim em habilidade, em destreza”.

Na releitura de uma obra de arte, inevitavelmente passamos pelo momento de apreciação da obra. Este momento deve sempre estar inserido nas aulas de arte, visto que as crianças são atraídas pelas novas descobertas imagéticas, pelas composições cromáticas, texturas, linguagens e múltiplas temáticas. Uma apreciação variada de imagens irá ampliar a memória visual do(a) estudante, facilitando os processos imaginativos para a construção de novas realidades, obras e imagens, ampliando dessa forma, a expressividade da criança.

Infelizmente é muito comum a ideia de que fazer um trabalho parecido com a obra de arte original, seja uma releitura. Na verdade, o trabalho somente é uma releitura a partir do momento em que haja uma personalização da produção, tendo ainda, a intenção de transmitir uma nova mensagem com seu trabalho. A Marca pessoal inserida pelo(a) estudante em seu trabalho pode ser o predomínio de certas cores, ou a ausência delas, tipo de traços ou algum elemento visual.

As obras de arte são criadas a partir das vivências do(a) artista, contexto social, político, cultural, econômico e filosófico, no qual ele(a) está inserido. Por isso, ao fazer uma releitura, devemos inserir as influências que se fazem presentes ao nosso redor, acrescentando a obra, um toque pessoal, de acordo com as próprias experiências. 

Na contemporaneidade, temas como a cibercultura, as múltiplas identidades, a inclusão das diferenças, o preconceito, a ecologia e a globalização são temas relevantes, que engrandecem a obra e levam aos observadores, uma melhor compreensão da arte atual.

Só uma dúvida!!! O que é plágio?

O plágio ocorre quando alguém assina, apresenta ou publica uma obra intelectual de qualquer natureza, podendo ser, por exemplo, texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, de outra pessoa, tanto na íntegra como em partes, como se fosse própria, sem que haja a devida autorização do autor primígeno. Podemos dizer ainda, que tal ato é um “furto intelectual”.

A Lei de Direitos Autorais, em seu artigo 5º define a obra adaptada como sendo uma nova criação intelectual, resultante da transformação da obra originária. Portanto, numa releitura, o autor deve mencionar o nome da obra e autores originais. Isso ocorre muito no campo da dramaturgia, onde novelas são inspiradas em obras da literatura. 

E o que é falsificação de obra de arte?

A falsificação busca a verossimilhança da imagem e do estilo de uma criação artística de outrem, objetivando fazer parecer que aquela obra é de outra pessoa, normalmente de um artista conhecido, visando ganhar lucro com a venda da obra falsa.

Então, a diferença entre plágio e falsificação é...

Quando alguém coloca em criação artística alheia, a sua própria assinatura, trata-se de plágio. Ao copiar o contexto criativo alheio, imitando também a assinatura daquele autor, pretendendo insinuar, sugerir ou induzir aos desavisados, que aquela obra é da autoria de outrem, está caracterizada a falsificação.

ABRA - ACADEMIA BRASILEIRA DE ARTE

RELEITURAS - Escola Estadual Vila Magini II - Prof. Alice S.

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 01

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos fazer uma releitura da Mona Lisa (A Gioconda) de Leonardo da Vinci?

Lembre-se de que Releitura não é cópia. Então, personalize sua produção. 

Seu trabalho artístico pode ser feito através da fotografia, do uso de lápis de cor, canetinhas, giz, tinta, colagem ou tudo junto... A escolha é sua!

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 02

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos fazer uma releitura?

Para esta segunda atividade, proponho que você escolha uma obra de arte. Então, pesquise em livros ou na internet diferentes obras de arte e escolha uma delas para fazer a releitura. Leia sobre o objeto artístico escolhido e sobre seu autor, e não esqueça de anotar o nome da obra e do artista.

Não esqueça que Releitura não é cópia. Então, personalize sua produção. 

Seu trabalho artístico pode ser feito através da fotografia, do uso de lápis de cor, canetinhas, giz, tinta, colagem ou tudo junto... A escolha é sua!

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OBJETIVOS

Ampliar o repertório cultural dos estudantes.

Ampliar o repertório visual dos estudantes.

Entender o que é a releitura.

Conhecer e entender as diferentes possibilidades expressivas através do desenho, da pintura, da música e da fotografia.

Trabalhar diferentes técnicas para criar imagens expressivas.

Desenvolver trabalho de pesquisa através das TDIC.

Estimular pesquisas qualitativas aos educandos.

Desenvolver a criatividade do estudante.


BIBLIOGRAFIA

https://blog.ceresart.com/o-que-e-releitura-de-uma-obra-de-arte. Acesso em 17/08/2020.

https://coresematizes.wordpress.com/2009/07/16/o-que-e-releitura. Acesso em 17/08/2020.

http://www.uniepre.com.br/blog/afinal-o-que-e-releitura. Acesso em 17/08/2020.

https://iphotochannel.com.br/o-que-e-releitura-e-o-que-e-plagio-em-arte-e-fotografia. Acesso em 17/08/2020.

https://novaescola.org.br/conteudo/1057/recriar-da-mais-sentido-a-arte. Acesso em 17/08/2020.

http://fabianaeaarte.blogspot.com/2014/07/releitura.html. Acesso em 17/08/2020.

https://180graus.com/artes-visuais/releituras-de-valdsom-braga. Acesso em 17/08/2020.

http://www.investarte.com/consultarte/scripts/acompanhando/65.asp. Acesso em 17/08/2020.


terça-feira, 11 de agosto de 2020

ARTE E CIÊNCIA... UNIÃO ESSENCIAL

Uma matéria publicada no Jornal da USP revela que a união da arte e da ciência é essencial para o saber. Os pesquisadores concluíram que a arte desenvolve a cognição e aumenta a capacidade de raciocinar imagens científicas.

A matéria informa também, que uma pesquisa realizada por dez anos nos EUA, demonstrou que alunos que haviam tido contato com uma das linguagens de arte no currículo escolar, receberam as melhores notas no teste SAT (equivalente ao ENEN, no Brasil). Desde então, a arte é vista como uma forma de estimular a cognição.

A professora Ana Mae Barbosa cita o trabalho do professor James Caterral, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, que faz pesquisas sobre arte e neurociência. “Seus estudos comprovaram que a arte desenvolve a cognição do indivíduo em várias áreas do conhecimento”, afirma a professora.

Ana Mae nos informa que, “Segundo as pesquisas de Caterral, o estudo da arte desenvolve a capacidade de raciocinar sobre imagens científicas, melhora a capacidade de interpretação de textos e inter-relacionamento de diferentes textos e aumenta a qualidade da organização da escrita”.

Imagens ensinam conceitos da física de forma artística
Espalhamento de luz. Foto: Jornal da USP - Adriana P. B. Tufaile

Ana Mae nos diz ainda, que nos anos 70, também nos Estados Unidos, foi desenvolvida a metodologia conhecida como STEM, sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, que prioriza o ensino dessas áreas nas escolas secundárias do país. Depois de décadas de aplicação dessa metodologia, constatou-se, porém, segundo Ana Mae, que os resultados não foram os esperados.

Em razão desse insucesso, a pesquisadora norte-americana, Georgette Yakman, desenvolveu a metodologia STEAM, sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática. Segundo Ana Mae, essa mudança estimulou os processos de criação e resultou numa melhora significativa na aprendizagem. “Não há ciência sem imaginação nem arte sem fatos”, resume Ana Mae, citando uma frase do escritor russo Vladimir Nabokov (1899-1977).

Um exemplo de genialidade que uniu o estudo conjunto de arte e ciência foi Leonardo da Vinci (1452 - 1519). Marcos Fabris, doutor pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP nos diz que “Artista e cientista, Da Vinci não restringiu suas investigações a demarcações rígidas entre engenharia, matemática, anatomia, pintura, botânica, poesia ou música”.

Fenômeno óptico fotografado por físicos da USP
Halo Solar. Foto: Jornal da USP - Adriana P. B. Tufaile

Outro exemplo de Fabris vem através das obras dos pintores franceses, Georges Seurat (1859-1891) e Paul Signac (1863-1935), citando que os artistas já incorporavam o produto das investigações científicas no campo da produção artística. “Os neoimpressionistas usaram as descobertas ligadas às teorias da cor e dos princípios de contrastes simultâneos para, artisticamente, investigar a sociedade do período”. 

Para Fabris, arte e ciência fazem uma parceria presente em nosso cotidiano, através da fotografia. “A fotografia é a junção das forças produtivas da física, da química e das artes visuais”, exemplifica, lembrando que, literalmente, fotografar significa “desenhar com a luz”. 

“Todo trabalho que insiste na separação entre as diversas áreas do conhecimento produz ignorância em escala industrial”, enfatiza Fabris.

Imagens obtidas em laboratório que inspiram obras de arte
Lucy in the sky. Foto: Jornal da USP - Adriana P. B. Tufaile

O físico Mario Schenberg (1914-1990) considerava de alta relevância o elemento intuitivo na descoberta científica e na criação artística, afirma a pesquisadora Alecsandra Matias de Oliveira, curadora do MAC e autora do livro "Schenberg – Crítica e Criação", lançado em 2011 pela Editora da USP (Edusp).

Conceitos da física que se aproximam da arte
Círculo Parlasérico. Foto: Jornal da USP - Adriana Tufaile

Atualmente, cientistas da USP seguem as ideias de Schenberg e exploram as possibilidades abertas por pesquisas que unem arte e ciência. O casal de professores Adriana Pedrosa Biscaia Tufaile e Alberto Tufaile, ambos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, transformam os fenômenos ópticos e de percepção visual em imagens que surpreendem o espectador, criando uma forma original e artística, de apresentar para o público em geral fenômenos da física, de difícil compreensão.

A realidade invisível revelada de modo artístico
Laser de Hórus. Foto: Jornal da USP - Alberto Tufaile 

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CÂMARA ESCURA DE ORIFÍCIO

O funcionamento da Câmara Escura de Orifício é de natureza física, sendo que, através dela podemos comprovar um dos princípios da óptica geométrica: O princípio da propagação retilínea da luz. 

A Câmara Escura é uma caixa com cinco de suas faces opacas e pretas, possuindo em uma delas, um pequeno orifício pelo qual a luz irá atravessar de forma retilínea. A luz será então, projetada na única face branca da parte interna caixa, que se apresenta do lado oposto ao orifício. A luz projetada para dentro da câmara irá criar uma imagem invertida daquilo que está do lado de fora da caixa. Vejamos nas imagens abaixo.


A imagem projetada na parede da câmara pode ser vista por um observador externo, desde que essa parede seja feita, por exemplo, de papel vegetal. A imagem pode ser registrada internamente, inserindo material fotossensível na parede onde a imagem será refletida, como um filme fotográfico ou um papel fotográfico (materiais usados para a captura de imagens nas câmeras analógicas). Por este motivo, a câmara escura de orifício, é por vezes chamada de câmara fotográfica rudimentar. Podemos dizer então, que historicamente, a captação e o registro de imagens, assim como a criação das máquinas fotográficas, foram possíveis somente após a criação da câmara escura de orifício.

As primeiras câmeras fotográficas eram basicamente
câmaras escuras com lentes acopladas em seu orifício

Máquina Fotográfica Analógica e Rolo de Filme
Foto: Fábio Ardito

MANUAL DO MUNDO
CÂMARA ESCURA COM LENTE

Em nosso projeto, na EM Benedito Laporte (2018), os estudantes utilizaram um celular dentro da Câmara Escura para fotografar as imagens que eram refletidas em seu interior.

Dentro da Câmara Escura - EM Benedito Laporte
Originalmente a imagem estava de ponta cabeça

CÂMARA ESCURA
EM BENEDITO LAPORTE (2018)
Aula de Artes Visuais - Fotografia - Câmara Escura

Existem relatos da utilização da câmara escura por Aristóteles (384 a.C.– 322 a.C.), para observações astronômicas, e durante a Idade Média, esse tipo de aparato óptico teria sido utilizado por diversos artistas para a produção de retratos e pinturas de paisagens estáticas. No Renascimento, Leonardo Da Vinci (1452 - 1519) escreveu sobre este mecanismo de captura de imagens.

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Sebastião Salgado

Sebastião Salgado (Minas Gerais, 1944). Doutor em economia. Trabalhou entre 1971 e 1973 para a Organização Internacional do Café, em Londres. Durante uma viagem à África, na qual coordena um projeto sobre a cultura do café em Angola, decide tornar-se fotógrafo... Para ampliar seus conhecimentos pesquise mais...

Dentro das metodologias ativas, é importante que os alunos saibam utilizar as TDICs (tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), e aprendam a pesquisar. Portanto, pesquise na internet sobre o tema abordado e amplie seus conhecimentos sobre os assuntos e tratados aqui.

O MUNDO PELA JANELA

A complexa questão mundial da pandemia do Corona Vírus evidenciou a importância da produção científica na atualidade. Em meio a grave situação, é consenso na comunidade científica que as gotículas expelidas quando se fala e espirra são o maior meio de transmissão da Covid-19. Por isso, é fundamental a obrigatoriedade do uso de máscaras, assim como, a prática de tossir e falar adequadamente “etiqueta respiratória”, além do isolamento social.

A situação é pior para os segmentos mais carentes da sociedade, devido aos fatores de desigualdade social, falta de saneamento básico adequado e aspectos econômicos, refletindo também a desatenção com a saúde pública no Brasil, fator que necessita ser corrigido o mais rápido possível.

Neste contexto, praticamente trancados dentro de casa, passamos a observar o mundo pelas janelas...

Janela de casa (2020) 
Foto com filtro: João Marcos (11 anos)

As moléstias, que cada vez mais se tornaram frequentes, são destaque na música “O pulso”, de Marcelo Fromer, Tony Belloto e Arnaldo Antunes, do grupo de rock Titãs. A música foi lançada há trinta anos (1990) e a pergunta que fica é a seguinte: A música O Pulso continua atual? ou é o Brasil que não melhorou o quanto devia? Vale a pena ouvir e analisar a música como uma forma de crítica social.


PROPOSTA PARA ATIVIDADE 01

Minha primeira proposta é trabalharmos com a fotografia, através da ideia de que estamos “presos” em casa e que estamos vendo o mundo pelas janelas. Sendo assim, pegue uma câmera ou um celular e tire uma fotografia através de uma janela... O que você está vendo??? A fotografia pode ser colorida, preta e branca ou desenvolvida através de algum filtro constante no App do celular, ou demais tecnologias digitais usadas para fotografar... A escolha é sua!

Se não for possível utilizar uma câmera fotográfica ou um celular, para fotografar, faça um desenho ou pintura daquilo que você está vendo através das janelas.  

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 02

A primeira parte do texto aborda a importância da união entre arte e ciência. Inspirados pelas imagens apresentadas, contendo diferentes efeitos ópticos (Espalhamento de luz, Halo Solar, Lucy in the sky, Círculo Parlasérico, Laser de Hórus) produzidas nos laboratórios da USP e publicadas no Jornal da USP – Vamos criar uma arte? Seu trabalho artístico pode ser feito com lápis de cor, canetinhas, giz, tinta, colagem ou tudo junto... Você decide!

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 03

Minha terceira proposta é para ser realizada junto com um adulto, devido à dificuldade do projeto e também, pelos materiais que serão usados. Com base no que foi visto até aqui, vamos construir uma Câmara Escura?

Os vídeos postados logo abaixo, são bastante didáticos e certamente tornam a tarefa um pouco mais fácil.
MANUAL DO MUNDO
CÂMARA ESCURA - CINEMA NA CAIXA

CÂMARA ESCURA

Bora fazer arte?

Me sigam no
OBJETIVOS

Ampliar o repertório cultural dos estudantes.
Ampliar o repertório visual dos estudantes.
Trabalhar de forma interdisciplinar Arte e Ciência.
Conhecer e entender as diferentes possibilidades expressivas através do desenho, da pintura, da música e da fotografia.
Conhecer a Câmara Escura por Orifício
Trabalhar diferentes técnicas para criar imagens expressivas.
Desenvolver trabalho de pesquisa através das TDIC.
Estimular pesquisas qualitativas aos educandos.
Desenvolver a criatividade do estudante.

BIBLIOGRAFIA

https://jornal.usp.br/atualidades/pandemia-possui-lacunas-importantes-a-serem-desvendadas. Acesso em 10/08/2020.

https://jornal.usp.br/artigos/comunicacao-nos-tempos-da-pandemia. Acesso em 10/08/2020.

https://jornal.usp.br/cultura/uniao-de-arte-e-ciencia-e-essencial-para-o-saber-dizem-pesquisadores. Acesso em 10/08/2020.

https://www.todoestudo.com.br/fisica/camara-escura. Acesso em 10/08/2020.

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/camara-escura-orificio.htm. Acesso em 10/08/2020.

https://alunosonline.uol.com.br/fisica/camara-escura-orificio.html. Acesso em 10/08/2020.

https://www.infoescola.com/fotografia/camara-escura. Acesso em 10/08/2020.