terça-feira, 28 de julho de 2020

PICASSO E O CUBISMO

Pablo Picasso

Com apenas quatorze anos, o jovem Picasso entra para a Escola de Belas-Artes de la Lonja, em Barcelona. Depois de realizar algumas atividades, todos reconhecem as capacidades extraordinárias do aluno e o reclassificam para um ano mais avançado. O fato alegra muito seu pai, que era professor de desenho da mesma escola. Aos quinze anos Picasso já participa da maior exposição de Barcelona, com o quadro A Primeira Comunhão.

Primeira Comunhão (1896). Óleo sobre tela - Pablo Picasso

“Quando tinha quinze anos sabia desenhar como Rafael, mas precisei de uma vida inteira para aprender a desenhar como uma criança” (Pablo Picasso).

Quando foi morar em Paris, conheceu os artistas modernistas impressionistas e pós-impressionistas, que influenciaram para sempre sua obra. Georges Braque o

Mas afinal, o que foi o cubismo?

Foi em 1908 que o público olhou pela primeira vez para uma obra cubista, porém, dois anos antes já podemos notar a construção deste estilo através da obra de Pablo Picasso. O artista espanhol estava se sentindo insatisfeito com suas pinturas e iniciou uma ruptura brusca e radical em seus trabalhos. Seus quadros passam a contar com personagens rudimentares, que impõe presença pelo peso e força de seus corpos maciços, como na tela Retrato de Gertrude Stein.

Retrato de Gertrude Stein (1905/06). Óleo sobre tela - Pablo Picasso

Seu entusiasmo é então direcionado para a criação da obra Les Demoiselles d’Avignon. Com intensa vitalidade expressiva e grande inventividade plástica, a obra marca a primeira vez em que o artista renuncia a todos os conceitos tradicionais de harmonia, proporção, beleza, construção e perspectiva, atingindo uma destruição da estrutura formal jamais tentada até então.

Sua obra tem inspiração em Cézanne, mas é reinterpretada de forma mais primitiva. Esta mudança de caminho pictórico recebe forte influência da arte negra, que revelou a Picasso, que a vitalidade de uma obra não dependia apenas do grau de imitação de uma realidade preestabelecida, mas também de uma realidade totalmente voltada aos instintos e impulsos do artista. Suas obras passam a ser marcadas por traços rudes e os personagens criam uma nova organização espacial.

Click na imagem e acesse nossa aula sobre máscaras

A pintura retrata cinco nus e uma natureza-morta. Os três corpos à esquerda são distorções angulares de figuras clássicas, enquanto os outros dois corpos são retratados violentamente deformes, através de traços fortes, com características bárbaras da arte primitiva. Picasso usou essa força primitiva contra a beleza clássica imposta até então.

Les Demoiselles d’Avignon (1907). Óleo sobre tela - Pablo Picasso

Na obra, a integridade orgânica e a continuidade dos corpos são negadas, e a pintura assemelha-se a um vidro quebrado.

Ambroise Vollard, comerciante de arte, disse certa vez sobre as obras de Picasso:

Picasso apresentou uma nova visão da realidade, descartando qualquer alusão estética e levando a análise da forma, operada por 

Conforme sua arte se construía cubista, junto a Georges Braque, surgiam alguns princípios de pesquisas pictóricas que passaram posteriormente a normas estilísticas, e a nortear seus trabalhos. O cubismo não surgiu a partir do resultado da aplicação de regras preestabelecidas.

 “Quando criamos o Cubismo. Não tínhamos nenhuma intenção de criar o Cubismo, mas procurávamos expressar o que havia dentro de nós mesmos” (Pablo Picasso).

O cubismo não é uma arte da pintura e sim, uma arte de concepção. Picasso buscava aprimorar em suas obras o poder de expressão, não necessariamente no assunto retratado, mas nas linhas e formas. Seu trabalho explora a geometrização e a deformação dos corpos.

Logo ocorre uma mudança na obra de Picasso, que passa a se concentrar no problema da objetividade da imagem e de sua construção formal. O artista troca o instinto pela razão, as deformações selvagens por sínteses planejadas, que tendem a simplificação geométrica da realidade. Os cubistas não recusavam a realidade, mas a interpretavam-na de uma maneira totalmente nova.

Antes deste movimento os artistas pintavam o que viam ou sentiam. Os cubistas ousaram pintar o conceitual, através de uma análise descritiva do personagem ou dos objetos. Os cubistas consideravam além da aparência do que seria retratado em suas telas, a espessura do objeto, o volume, a face, o perfil, o baixo e o alto, multiplicando os pontos de vista numa mesma composição. O que era retratado nas telas, não era visto de apenas uma perspectiva, mas de várias, e a partir de diversos ângulos, a fim de captar o assunto por todos os lados ao mesmo tempo. O objeto era apresentado de forma fragmentada e as cores eram predominantemente neutras, para que os artistas pudessem se concentrar na composição.

Eles substituíram a visão puramente óptica e sensorial por uma visão conceitual, que a partir de então se tornou uma característica típica de grande parte da arte moderna. Picasso e Braque desenvolveram uma nova linguagem artística.

Violino e Paleta (1909). Óleo sobre tela - Georges Braque

A partir de 1911 Picasso e Braque começam a utilizar caracteres tipográficos em suas obras, que além de auxiliar na construção dos personagens ou objetos, manifestam o interesse dos cubistas pelo mundo das máquinas.

Num processo inventivo contínuo e sempre buscando pesquisar a nova objetividade do homem no mundo moderno, Picasso e Braque iniciam a colagem de material não pictórico em suas obras e desenvolvem o Cubismo Sintético, movimento ao qual o artista Juan Gris acabou aderindo. Agora os artistas passam a retratar a vida diária, incluindo em suas pinturas novos materiais, como tecidos, encerados, tiras de papel de parede, recortes de jornal, criando um arte inimaginável até então. Assim se originou o que eles decidiram chamar de Papiers Collés (papeis colados).

Natureza-Morta com Guitarra (1913). Óleo sobre tela - Juan Gris

Em suas colagens, Picasso e Braque viam a tela como sendo uma bandeja, onde a natureza-morta seria servida ao expectador. Para os dois artistas, a melhor maneira de realizar esse conceito seria colocando objetos reais na bandeja.

Os materiais não perdiam seus significados e eram inicialmente usados para fortalecer a própria objetividade da imagem. Um papel imitando os veios de madeira substituía a pintura de imitação da madeira, da mesma forma que um jornal deixa de ser desenhado na obra, para que um periódico impresso possa ser colado na tela. Por meio da técnica da colagem as obras bidimensionais passam a ser expressões tridimensionais, tornando a pintura num baixo-relevo. Nesse contexto, os materiais passam a desempenhar um novo papel.

Anteriormente, as obras de arte eram avaliadas pelo seu conteúdo, sendo o material usado em sua construção, algo secundário. O conceito era de que sendo a ideia algo imaterial, todo o material deveria ser subordinado à ideia.

Na atualidade os materiais são vistos a partir de suas potencialidades, e a partir deles podem surgir muitas ideias. A estética relacionada aos materiais ganhou destaque e eles são muito valorizados na arte contemporânea, tornando-se muitas vezes um dos critérios de uma boa obra de arte.

As Rimas Plásticas do Cubismo - TV Cultura


Em 1937 a vila de Guernica é bombardeada pelo exército alemão, e no mesmo ano Picasso expõe todo o horror do acontecimento em uma pintura icônica. O quadro mede mais de sete metros de comprimento e foi pintado em apenas oito semanas. Um dia um soldado alemão foi inspecionar o atelier de Picasso e olhando o quadro Guernica, questionou Picasso: “Foi você que fez isso?”. Picasso respondeu: “Não, foram vocês”.

Guernica (1937). Óleo sobre tela, 351 x 782,5 cm 

De forma resumida, o Cubismo Analítico tinha como característica principal, representar um objeto realizando sua fragmentação em planos pictóricos. O movimento artístico recebe este nome porque os artistas analisavam as formas e qualidades dos objetos, quebrando-os em fragmentos, e espalhando-os pela tela, realizando posteriormente sua reconstrução. Os artistas abandonam o ponto de vista único e criam imagens através de várias perspectivas e diversos ângulos. Na composição da obra de arte, a prioridade é das formas, motivo pelo qual, Picasso e Braque utilizavam uma gama de cores quase monocromática. O cubismo analítico despedaça os planos simples e largos, para valorizar o intenso jogo rítmico criado pelo facetamento do objeto.

Cubismo Sintético utiliza objetos reais junto aos pintados, para dar ênfase ao objeto principal da obra. A característica principal do cubismo sintético ou cubismo de colagens é a composição das obras, quase que inteiramente realizadas através de fragmentos de materiais cortados e colados. Os elementos são moldados e combinados para conferir um sentido figurativo, mantendo sua identidade original. Onde seria desenhado um jornal, os cubistas colam um jornal. Portanto, a função do material colado é fazer parte do contexto, e através de suas qualidades, ser ele próprio. O uso da colagem de pedaços da realidade sobre a tela torna a obra mais consistente e tangível, servindo ainda, para estimular a visão. Surge então, um novo suporte para as artes visuais, o quadro-objeto, que é construído a partir de valores reais e substitui a ideia do quadro ser uma janela ilusória, que nos apresenta outra realidade.

Mais cubismo... CUBISMO ÓRFICO???

Robert Delaunay fundou por volta de 1912 o Cubismo Órfico ou Orfismo, e foi Guillaume Apollinaire o responsável por nomear o movimento. A palavra Orfismo vem de Orfeu, o poeta-cantor da mitologia grega.

O movimento era formado por um grupo de artistas pertencentes ao Cubismo, mas que tendiam cada vez mais à abstração, desenvolvendo nas obras um caráter mais lírico e colorido. A principal característica orfista era o uso da cor como meio essencial e primordial da sua expressão artística. O Orfismo pregava a capacidade musical e espiritual da pintura, e o termo foi muito usado também por expressionistas alemães e simbolistas.

A Equipe de Cardiff (1912/13)

AMPLIE SEUS CONHECIMENTOS... PESQUISE

Dentro das metodologias ativas, é importante que os alunos saibam utilizar as TDICs (tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), e aprendam a pesquisar. Portanto, pesquise na internet sobre o tema abordado e amplie seus conhecimentos sobre os assuntos e artistas tratados aqui.

ALGUMAS OBRAS CUBISTAS

ANALÍTICO - SINTÉTICO - ÓRFICO

Pablo Picasso (1881 Málaga – 1973 Mougins)

Natureza Morta com Cadeira de Palha (1912)

Georges Braque (1882 Argenteuil –  1963 Paris)

Guitarra: Estátua de horror (1913)

Fernand Léger (1881 Argentan – 1955 Gif-Sur-Yvette)

Mulher em Vermelho e Verde (1914)

Juan Gris (1887 Madri – 1927 Boulogne-Billancourt)

Violão Sobre a Mesa (1915)

Raoul Dufy (1877 Le Havre – 1953 Forcalquier)

Fábrica em Estaque (1908)

André Derain (1880 Yvelines   1954 Garches)

Natureza-Morta Sobre a Mesa (1910)

František(1871 Opočno – 1957 Puteaux)

Plano de Cores (1910/11)

Roger de La Fresnaye (1885 Le Mans  1925 Grasse)

O Mágico (1921)

Louis Marcoussis (1878 Lódz  1941 Cusset)

Natureza-Morta com Jogo de Damas (1912)

André Lhote (1885 Bordéus  1962 Paris)

A Parada (1913)

Albert Gleizes (1881 Paris  1953 Saint-Rémy-de-Provence)

Mulheres Costurando (1913)

Francis Picabia (1879 Paris  1953 Paris)

Udnie, Uma Jovem Amecicana ou a Dança (1913)

Marcel Duchamp (1887 Balinville – 1968 Neuilly-Sur-Seine)

Nu Descendo as Escadas nº2 (1912)

Jacques Villon (1875 Damville – 1963 Puteaux)

Retrato de Raymond Duchamp-Villon (1911)

Henri Laurens (1885 – 1954 Paris)

Cabeça da Jovem Garota (1920)

Alexander Archipenko (1887 Kiev – Nova York)

Andando ou Caminhada (1912)

Jean Metzinger (1883 Nantes – 1956 Paris)

Hora do Chá ou Mulher com colher de Chá (1911)

Robert Delaunay (1885 Paris – 1941 Montpellier)

Torre Eiffel (1911)

Sonia Delaunay (1885 Gradiesk – 1979 Paris)

Mercado em Minho (1915)

Henri Le Fauconnier (1881 Hesdin – 1946 Paris)

Alpinistas Atacados por Ursos (1912)

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 01

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos realizar a releitura de uma obra cubista?

A sua arte pode ser feita com lápis, canetinhas, colagens, giz, e qualquer outro material... A escolha é sua! O importante é lembrar que na releitura o aluno vai reconstruir a obra, realizando alterações, incluindo objetos do seu convívio, alterando cores e outros detalhes. Em obras muito complexas, caso do quadro Guernica, o aluno pode fazer uma releitura a partir de um “pedaço” da obra (não precisa desenhar tudo o que é observado). Pode e deve colocar na obra aquilo que tem sentido para sua vida... E o mais importante de tudo é lembrar que Releitura não é cópia.

Releitura das obras de Pablo Picasso

Autorretrato (1907) e Jaqueline com as Mãos Cruzadas (1954)

Autorretratos - Giz de cera - Luiz Alberto de Souza (Aula sobre cubismo - 2019) 

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 02

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos colorir um desenho que representa uma arte cubista? Para colorir, você pode se inspirar nas pinturas apresentadas aqui no blog ou em outras de sua preferência. Caso queira, pode ainda, pesquisar as obras originais para realizar uma observação, sem a necessidade de pintar com as mesmas cores. Lembre-se de que a ideia não é fazer uma cópia, então, use sua criatividade. As imagens postadas abaixo são: GuernicaLes Demoiselles d’AvignonO Sonho- Autorretrato de Pablo Picasso

Você pode imprimir as imagens, e seu trabalho artístico pode ser feito com lápis de cor, canetinhas, giz, tinta, colagem ou tudo junto... A escolha é sua!


 

 

 

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 03

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos criar um desenho inspirados na arte cubista? Você pode desfrutar das pinturas apresentadas aqui no blog ou em outros sites e livros de sua preferência, mas lembre-se de que a ideia não é fazer uma cópia, então, use sua criatividade. 

Me sigam no


OBJETIVOS

Ampliar o repertório cultural dos estudantes.

Ampliar o repertório visual dos estudantes.

Conhecer e entender as diferentes possibilidades imagéticas e expressivas através do cubismo.

Conhecer o Cubismo Analítico.

Conhecer o Cubismo Sintético.

Conhecer o Cubismo Órfico (Orfismo).

Trabalhar diferentes técnicas para criar images expressivas.

Desenvolver trabalho de pesquisa através das TDIC.

Estimular pesquisas qualitativas aos educandos.

Desenvolver a criatividade do estudante.

Conhecer obras de diferentes épocas, estilos e artistas.


BIBLIOGRAFIA

COLEÇÃO FOLHA O MUNDO DA ART; TRANJAN, Carlos (Ed.). Cubismo. São Paulo: Publifolha Editora Ltda, 2017

ENCICLOPÉDIA DO ESTUDANTE; DIAS, Gabriela (Ed.). História da Arte: Artistas, estilos e obras-primas. São Paulo; Editora Moderna Ltda, 2008.

JONSON, Horst Waldemar; JONSON, Anthony. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Livraria Mrtins Fontes Editora LTDA, 1988.

COLEÇÃO FOLHA PINTORES PARA CRIANÇAS. Picasso. São Paulo. Ipsis Gráfica e Editora S.A. 2019.

COLEÇÃO DE ARTE. Picasso e o Cubismo. Editora Globo S.A. São Paulo. 1997

https://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/orfismo. Acesso em 25/07/2020.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cubismo_de_colagens. Acesso em 25/07/2020.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cubismo_anal%C3%ADtico. Acesso em 25/07/2020.

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-pintor-pintou-mais-quadros. Acesso em 27/07/2020.

terça-feira, 21 de julho de 2020

O PODER DAS CORES

Barcos (1999) - Giz Pastel Oleoso sobre papel Vergê, 48 x 32 cm
Luiz Alberto de Souza

A palavra "cor" vem do latim “color” e significa encobrir, ocultar. Então, colorir é também, esconder com cores.

As cores e suas combinações tem a capacidade de criar relações que orientam a apreciação do observador, podendo ser chamada de intenção da cor. Devemos pensar portanto, no impacto que a cor irá causar no espectador. Então, ao elaborar um trabalho, não precisamos e nem devemos copiar o que está a nossa frente. Muitas vezes é mais interessante deixarmos o padrão realista, para captar uma atmosfera peculiar. O melhor que fazemos é alterar os elementos da realidade, podendo exagerar ou atenuar cores, assim como deslocar ou suprimir algo, tudo para melhor transmitir nossos sentimentos.
 
É importante enfatizar, que as cores oportunizam a expressão de impressões e emoções, e isso é conseguido muitas vezes, alterando uma cor por outra, que se enquadra melhor na atmosfera emocional que desejamos transmitir. Além de influenciar nossas emoções, as cores podem mudar até nosso humor.

As cores dão vida aos ambientes, roupas, comidas, embalagens... enfim, “dão cor a nossa vida” e produzem um impacto visual forte e expressivo em tudo ao nosso redor.

A cor influencia a comunicação através de uma linguagem própria, transmitida pela simbologia das cores. Elas podem ser utilizadas para indicar se devemos parar ou andar no trânsito, para estimular o apetite, deixar o ambiente acolhedor, nos acalmar, e podem até identificar um país, como acontece com a camisa cor canarinho, da seleção brasileira, ou as cores do uniforme do Capitão América, que nos remete aos EUA.

 

São duas as principais escalas de cores utilizadas. A escala conhecida como Cor Luz, baseada na composição RGB (Red – Vermelho / Green - Verde / Blue - Azul). A outra é a escala conhecida como Cor Pigmento, baseada na composição CMYK (Cyan – Ciano / Magenta - Magenta / Yellow - Amarelo / Black - Preto).

No sistema RGB, são utilizadas proporções de vermelho, verde e azul, para criar todas as demais cores, em uma escala de 256 valores possíveis (de 0 a 255) para cada uma das três cores. Assim, se multiplicarmos (R=256 x G=256 x B=256), temos 16,7 milhões de cores possíveis, quantidade que ultrapassa a capacidade humana de distinguir todas as cores.

Nas artes plásticas, a escala de cores utilizada é a RYB (Red – Vermelho / Yellow – Amarelo / blue – Azul), que usa as cores primárias, que serão melhor esclarecidas no decorrer do nosso texto. 

CARACTERÍSTICAS DA COR

As cores possuem três características, matiz, tom e intensidade.

Matiz é a característica que define e distingue uma cor das demais. O vermelho, o verde, o azul e o amarelo são exemplos de matizes.

Tom é a quantidade de luz presente na cor, podendo ser em maior ou menor quantidade. As cores tem seu tom natural e quando expostas a luz tendem a ficar mais claras e na sombra, ficam mais escuras. As escalas tonais são diferentes gradações obtidas no matiz, a partir do acréscimo da cor preta, para escalas tonais mais escuras, ou da cor branca, para escalas tonais mais claras.

Existem cores de tom naturalmente claro, caso do amarelo, e outras com tom naturalmente escuro, que é o caso do azul da Prússia. É importante lembrar que uma determinada cor pode ter inúmeras tonalidades, e que cores diferentes podem ter o mesmo tom.

Para se conseguir uma boa obra de arte, é essencial saber como os tons variam de um objeto ao outro, pois pintar com tons iguais retira o poder de luminosidade da obra.


Através da tonalidade podemos escolher qual das partes da composição terá maior ênfase, o primeiro plano, o plano intermediário ou o fundo. Observe abaixo, os três estudos tonais de Ferdinand Petrie. Neles, as composições demonstram como os tons aplicados sobre o fundo de uma imagem alteram nossa percepção. 
  • Na primeira imagem, o fundo escuro ajuda a tornar o motivo pintado mais iluminado, mas ao mesmo tempo o aprisiona. 
  • Na segunda imagem, as tonalidades semelhantes entre o motivo e o fundo enfraquecem o impacto visual, e dessa forma, prejudicam o motivo.
  • Na terceira imagem, o fundo pálido desempenha o papel de apoio, e assim, o motivo ganha evidência.
 
Ainda sobre a influência das cores em diferentes planos, observem o segundo estudo de Ferdinand Petrie. 
  • Na primeira imagem, o fundo verde escuro é intensificado pelo vermelho vivo da melancia, sendo um efeito conquistado pelo uso de cores complementares. 
  • Na segunda imagem, são dois os motivos reduzem o impacto visual da obra. Um deles é a falta de contraste tonal entre a melancia e o fundo. Outro motivo é  que as cores das duas áreas estão intimamente ligadas.
  • Na terceira imagem, o fundo neutro transfere para a melancia todo o destaque da obra, porém, a natureza-morta não consegue o mesmo dinamismo e tensão apresentados na primeira imagem.

Intensidade diz respeito ao brilho da cor, assim, um matiz com intensidade alta é vívido, forte e saturado, enquanto um matiz de baixa intensidade caracteriza cores apagadas e fracas. A intensidade do amarelo é naturalmente alta, enquanto a do violeta é baixa. 

Podemos realizar certo controle ou ajuste na intensidade das cores usadas em nossas pinturas, misturando a cor que será utilizada, com uma pequena quantidade de outra cor, diminuindo ou ampliando a intensidade da primeira. A regra para aumentar a intensidade de uma cor, é acrescentar a ela um pouco de outra cor, mais viva e da mesma família. O vermelho indiano é bastante suave e pode ganhar intensidade se misturado ao vermelho cádmio ou ao carmim. Para diminuir a intensidade usamos a lógica invertida.

ESPECTRO SOLAR

Foi Isaac Newton (1642-1727), um cientista inglês, o primeiro a estudar as cores, analisando o espectro solar através de um prisma. A decomposição da luz branca, proveniente do Sol, sofre refração ao atravessar o prisma e se decompõe em raios de luz monocromáticas, conhecidas como as sete cores do arco-íris. Através dele surgem os primeiros estudos do que posteriormente viria a ser conhecida como Teoria das Cores. Os primeiros sistemas de cores foram os de Newton e de Goethe.


DISCO DE NEWTON

DECOMPOSIÇÃO DA LUZ ATRAVÉS DO PRISMA - UNIVESP


Círculo Cromático... Que isso?

O círculo cromático é uma representação visual simplificada, do espectro de cores percebidas pelo olho humano. Esta estrutura se apresenta dividida em três grupos de cores, definidas a partir de suas qualidades e origens: As cores primárias, as secundárias e as terciárias.

 

Cores primárias são chamadas de “cores puras”, sendo aquelas que não podem ser obtidas a partir de outras, mas que juntas, dão origem as demais cores. Elas são o vermelho, o amarelo e o azul (escala RYB).

 
Cores secundárias são aquelas obtidas pela mistura equivalente de duas cores primárias. Sendo a cor laranja, obtida pela mistura do amarelo com o vermelho. A cor verde, produzida através da união do azul com o amarelo. O violeta, que é a mistura do vermelho com o azul


Cores terciárias são aquelas obtidas pela junção de cores primárias com cores secundarias. Então, a partir destas misturas temos o vermelho-arroxeado (vermelho e roxo) e vermelho-alaranjado (vermelho e laranja); amarelo-esverdeado (amarelo e verde) e amarelo-alaranjado (amarelo e laranja); azul-arroxeado (azul e roxo) e azul-esverdeado (azul e verde).


Cores análogas são aquelas que aparecem lado a lado no círculo cromático, tendo em suas composições uma mesma cor básica. Então, são cores análogas, por exemplo, o amarelo, O laranja e o laranja-avermelhado, que tem em comum em suas constituições, o amarelo.

As cores complementares estão em posições opostas no círculo cromático, e quando colocadas ao lado uma da outra, causam grande contraste entre si, caso do vermelho (primária) e o verde (secundária), do azul (primária) e do laranja (secundária) e do amarelo (primária) com o lilás/roxo (secundária). Assim, podemos perceber que as cores primárias possuem uma cor secundária complementar, e vice-versa. Já as cores terciárias possuem outra cor terciária como sua complementar.

As cores análogas tendem a trazer harmonia para a pintura, enquanto as cores complementares trabalham visuais que dão força e equilíbrio.

Embora o branco seja a representação da luz a partir da soma de todas as cores do espectro, e o preto seja simplesmente a ausência da luz, vamos designá-los como cores para facilitar o entendimento. Assim, as cores neutras são formadas basicamente pelo preto, branco, diferentes tons de cinza, e pelos tons terrosos, que variam do marrom ao bege. As cores neutras amarronzadas e os cinza cromáticos, podem ser desenvolvidos a partir da mistura das três cores primárias, ou qualquer par de cores complementares, podendo neste caso, resultar em uma cor opaca ou apagada, com aspecto de suja.

Mesmo existindo uma infinidade de cores, muitos artistas evitam usar grande variedade delas na mesma obra, preferindo uma paleta de cores limitada. Isso tende a enriquecer e dar harmonia a obra de arte. Tal iniciativa desenvolve nas pinturas resultados semelhante, gerando por muitas vezes um estilo visual, e nós acabamos por aprender a explorar ao máximo aquelas cores.

Click na imagem e acesse o GOOGLE ARTES & CULTURA
No site, realize pesquisas de obras de arte a partir da cor escolhida

HARMONIA

Utilizar as cores de forma harmônica desenvolve na composição uma integração das partes, que acaba resultando em um todo unificado. Então não é tarefa fácil, pois uma cor é alterada pela adição de outra, sendo que aquilo que está harmônico pode se tornar discordante.

Percebam que um vermelho é muito mais quente e intenso ao lado de um azul, do que ao lado de um laranja. As cores parecem mais escuras sobre o branco e mais claras sobre o preto.

Mesmo não havendo regras e princípios rígidos para se trabalhar de forma harmônica com as cores, alguns procedimentos já são bastante utilizados, devido sua eficiência. Um bom exemplo é a harmonia monocromática, que consiste na criação de uma obra de arte utilizando vários tons de uma só cor, acrescentando branco para clarear e preto para escurecer a cor. A monocromia, do grego Mono = um só e Cromia = cor, apresenta como resultado obras normalmente agradáveis e calmas.

Velho Pitando (2005) - Giz Pastel Seco sobre papel, 44 x 62 cm
Harmonia Monocromática em tons neutros - Luiz Alberto de Souza

O método onde empregamos várias cores em nossa pintura, procurando maior impacto visual é o da Policromia, do grego Poli = Muitos e Cromia = Cores.

TEMPERATURA DAS CORES

Algumas cores transmitem sensação de calor, enquanto outras parecem frias, misturando razões físicas e psicológicas. As cores quentes são aquelas associadas ao fogo e à luz, sendo o vermelho, o laranja e o amarelo. Enquanto as cores frias estão associadas à água, sendo elas o azul, o verde e o violeta.

Dividindo o círculo cromático ao meio, com uma linha vertical cortando o amarelo e o violeta, teremos do lado esquerdo as cores quentes e vibrantes e na direita as cores frias e mais tranquilas. No caso do amarelo e do lilás, se tornam mais frios ao se aproximarem do azul e mais quentes próximos do vermelho.

A atmosfera transmitida por uma pintura está intimamente relacionada com as cores usadas no trabalho, sendo difícil criar uma boa atmosfera, se houver uma confusão de cores quentes e cores frias. O ideal é criar um equilíbrio cromático. Muitas obras interessantes são compostas por cores quentes com alguns toques de cores frias, ou vice-versa.

O foco criado por uma cor quente em meio a cores frias atrairá de imediato a atenção do observador. As cores quentes criam a impressão de projetar-se para frente, na direção do observador, enquanto as frias, ao contrário, parecem se distanciar. Pode-se então, conseguir uma boa impressão de profundidade mantendo cores frias no fundo da imagem e cores quentes no primeiro plano. Observe como a perereca está se projetando para frente na imagem, devido a intensidade de sua cor amarela, em relação ao fundo da obra. A sensação não seria a mesma se a cor da perereca fosse uma cor fria.

Perereca Amarela (1998) - Giz Pastel Seco sobre papel Vergê, 31 x 46 cm
Luiz Alberto de Souza

Mas a realidade é mais complexa, pois o efeito também depende dos tons das cores, sendo que os tons escuros tendem a avançar e tons fracos tendem a recuar. Essas regras não são rígidas, e numa pintura que represente o por do sol, por mais que o céu esteja alaranjado, temos a noção estabelecida de que o sol está distante, superando a tendência óptica.

Quando Henri Matisse disse que gostaria de pintar com a mesma simplicidade de uma criança de 5 anos, ele afirmou querer na verdade, a capacidade das crianças de ver apenas as prioridades.

Os impressionistas e pontilhistas do final do século XIX trabalharam com muita intensidade as misturas ópticas, através de pinceladas curtas, isoladas, próximas entre si ou sobrepostas, criando um lindo efeito cintilante de cores. A área pintada é dividida por centenas de minúsculas manchas coloridas, num verdadeiro mosaico. Os artistas usavam tintas com pouco óleo para secagem rápida, e embora a técnica tenha sido desenvolvida com tinta óleo, também pode ser realizada com aquarela, devido a transparência da tinta.

REVISANDO... TEORIA DAS CORES


Vejam estes dois autorretratos de Frida Kahlo e observem como as duas pinturas nos impactam de formas diferentes, devido a composição cromática de cada uma. Na primeira pintura temos uma imagem mais fechada, serena, comportada e fria. A segunda obra por sua vez, nos apresenta uma imagem bastante viva, alegre, aberta e intensa.

Autorretrato com vestido de veludo (1926).

Óleo sobre tela. Frida Kahlo.


Autorretrato A Moldura (1938).

Óleo sobre tela. Frida Kahlo.


FAUVISMO

A Sesta (1894). Óleo sobre tela. Paul Gauguin.

O Fauvismo, ou Fovismo, surgiu no final do século XIX e tinha temática leve, baseada na alegria de viver e nas emoções. O movimento influenciou diretamente na ruptura entre a arte moderna com a estética vigente na época. Além disso, modificou a ideia de utilização das cores nas artes plásticas, e embora os artistas trabalhassem com uma paleta bastante reduzida, as cores tinham um papel extremamente importante nas pinturas. Os artistas do Fauvismo exaltavam as cores puras, fortes e vibrantes.

As pinturas são caracterizadas pelo colorido brutal, pinceladas violentas e definitivas, irrealidade na correspondência das cores com a realidade, e a pintura por manchas largas, na formação de grandes planos. Para o movimento Fauvista, as criações artísticas deveriam ser livres e espontâneas, baseadas no instinto e nos impulsos primários.

A sobremesa: harmonia em vermelho (1908).

Óleo sobre tela. Henri Matisse.


A expressão “Les Fauves”, inicialmente pejorativa, significa “os selvagens” ou “as feras”. As principais feras do Fauvismo foram Vincent Van Gogh, Paul Gauguin, Georges Braque, Andre Derain, Jean Puy, Paul Cézanne, Henri Matisse, Kees van Dongen, Raoul Dufy e Georges Roualt.


TRATAMENTO COM CORES???

A cromoterapia é uma terapia que utiliza as cores como método de cura.  Basicamente, o tratamento consiste no uso das cores como meio terapêutico para melhorar as condições físicas e emocionais, buscando estabelecer o equilíbrio entre corpo, mente e emoções, sendo que cada cor tem uma função terapêutica específica.

A PSICOLOGIA DAS CORES

A cor é um elemento muito poderoso nas composições visuais. Como vimos anteriormente, as cores transmitem e causam diversas sensações e sentimentos nas pessoas. Alguns significados são universais, como a cor vermelha que indica equipamento de combate a incêndios. Porém, muitos dos significados relacionados as cores, dependem da cultura e da experiência de povos e indivíduos.

É para melhor se comunicar através de seus trabalhos, que profissionais da área de criação, estudam os efeitos que as cores causam nos seres humanos. Logo abaixo estão relacionadas algumas cores e alguns de seus significados físicos e sensoriais.

  • A cor vermelha pode significar comando, ação, atenção, dinamismo, força, violência, paixão, sensualidade, guerra, tentação, fogo.
  • A cor amarela pode significar luminosidade, alegria, criatividade, esperança, idealismo, adolescência, euforia, originalidade, calor, luz do sol.
  • A cor laranja pode significar força, dinamismo, comunicação, energia, senso de humor, prazer, fogo, sol, calor, outono.
  • A cor azul pode significar racionalidade, individualidade, limpeza, educação, afeto, paz, confiança, amor universal, fidelidade, meditação, amizade, frio, mar, gelo, céu, imensidão, calma, tranquilidade, sensibilidade.
  • A cor verde pode significar razão, sorte, segurança, bem estar, adolescência, paz, saúde, ideal, abundância, tranquilidade, equilíbrio, esperança, serenidade, umidade, frescor, bosque, folhagens, natureza, consciência ecológica.
  • A cor púrpura, roxa ou lilás pode significar luxo, nobreza, vaidade, justiça, egoísmo, delicadeza, calma, mistério, eternidade, espiritualidade, fantasia, profundidade, aurora, noite.
  • A cor preta pode significar mistério, requinte, sofisticação, formalidade, elegância, mal, miséria, pessimismo, tristeza, dor, intriga, sujeira, sombras, noite.
  • A cor branca pode significar pureza, paz, calma, luminosidade, frescor e calma, limpeza, bem, pensamento, juventude, dignidade, despertar, harmonia, infância, vazio, carência afetiva, solidão, batismo, casamento, neve, nuvens.
  • A cor cinza pode significar seriedade, sabedoria, tecnologia, futurismo, tédio, seriedade, sabedoria, velhice, chuva, neblina, máquinas.

AMPLIE SEUS CONHECIMENTOS... PESQUISE

Dentro das metodologias ativas, é importante que os alunos saibam utilizar as TDICs (tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), e aprendam a pesquisar. Assim, pesquise na internet sobre o tema abordado e amplie seus conhecimentos sobre os assuntos e artistas tratados aqui.

Não esqueça de pesquisar imagens de obras de arte de artistas variados, para ampliar seu repertório visual.  

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 01

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos colorir o círculo cromático? Você pode imprimir a imagem aqui do blog ou desenhar seu próprio círculo cromático. 


PROPOSTA PARA ATIVIDADE 02

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos trabalhar com as cores? Você deve separar seu material de pintura formando dois grupos. Um grupo deve ser composto pelas cores quentes e outro formado pelas cores frias. Depois disso, é só escolher duas imagens e colorir, lembrando que cada uma delas deve ser feita com uma paleta diferente da outra, ou seja, um desenho será produzido com cores quentes, enquanto o outro será elaborado com cores frias. A escolha é sua... As imagens podem ser as que apresento abaixo, outras pesquisadas no blog ou na internet, ou ainda, uma imagem criada por você mesmo. Seu trabalho artístico pode ser uma paisagem, uma natureza-morta, um super-herói, ou outra coisa de sua preferência, podendo ser feito com lápis de cor, canetinhas, giz, tinta, ou qualquer outro material.


 


 

 

 


PROPOSTA PARA ATIVIDADE 03

Com base no que foi visto e estudado até aqui, vamos trabalhar com as cores neutras? Escolha uma imagem para colorir, lembrando que podem ser os desenhos que apresento acima, outros pesquisados no blog ou na internet, ou ainda, uma imagem criada por você mesmo. Seu trabalho artístico pode ser uma paisagem, uma natureza-morta, um super-herói, ou outra coisa de sua preferência, podendo ser feito com lápis de cor, canetinhas, giz, tinta, ou qualquer outro material.

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OBJETIVOS

Ampliar o repertório cultural dos estudantes.
Ampliar o repertório visual dos estudantes.
Conhecer e entender as diferentes possibilidades imagéticas e expressivas através das cores.
Conhecer os diferentes grupos de cores: Primárias, secundárias e terciárias.
Conhecer os diferentes grupos de cores: Cores análogas, neutras e cores complementares.
Conhecer os diferentes grupos de cores: Cores quentes e cores frias.
Conhecer os diferentes grupos de cores: Monocromia e policromia.
Trabalhar diferentes técnicas para criar images expressivas.
Desenvolver trabalho de pesquisa através das TDIC.
Estimular pesquisas qualitativas aos educandos.
Desenvolver a criatividade do estudante.
Conhecer obras de diferentes épocas, estilos e artistas.

BIBLIOGRAFIA

Curso de Desenho e Pintura; FISCHER, Ricardo A. (Ed.). Pintura a óleo: Técnicas Básicas. São Paulo; Editora Globo SA, 1985.

Curso de Desenho e Pintura; FISCHER, Ricardo A. (Ed.). A Arte de Ver: Luz e Movimento. São Paulo; Editora Globo SA, 1985.

Curso de Desenho e Pintura; FISCHER, Ricardo A. (Ed.). A Arte de Ver: Cor e perspectiva. São Paulo; Editora Globo SA, 1985.

Curso de Desenho e Pintura; FISCHER, Ricardo A. (Ed.). Aquarela: Impacto da Cor. São Paulo; Editora Globo SA, 1985.

http://www.falandodeartes.com.br/2016/03/os-elementos-visuais-ponto-linha-forma.html

http://douglasdim.blogspot.com/2011/09/cor.html

https://producaodejogos.com/estudo-das-cores-no-desenvolvimento-de-games/

http://vidadeprofessor.pro.br/siginificado-das-cores-descubra-porque-a-cor-e-um-elemento-poderoso/

https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-das-cores/

https://casadamonalisa.wordpress.com/textos/

https://www.infoescola.com/artes/fauvismo

https://www.dicionarioetimologico.com.br/cor/