sábado, 23 de março de 2013

O DIVINO

Quando estava cursando Artes Visuais na Universidade, houve um exercício bastante interessante, que foi realizar alguns relatórios de atividades artístico-culturais vivenciadas. Seja por meio de visitas a espaços destinados a arte e cultura, como museus e galerias ou a partir de vídeos assistidos, desde que estes estivessem correlacionados aos temas abordados no citado curso.

Bom, acabei realizando sete relatórios, abordando um documentário, dois filmes, três exposições de arte que visitei na época e um sobre a festa popular do Divino Espírito Santo, realizada na cidade de Mogi das Cruzes. As três exposições artísticas eram pequenas e pouco interessantes, não havendo motivos para comentá-las hoje. Em contrapartida, vou postar os demais relatórios, por crer que seus conteúdos sejam bastante relevantes.

Pra começar, vale muito a pena comentar a tradicional Festa do Divino, sempre muito bem organizada, bastante interessante e “rica” do ponto de vista cultural. A festividade é realizada pela Igreja Católica, e envolve ainda, o governo municipal, entidades filantrópicas ligadas à igreja e algumas comunidades. Obviamente não relatei a festividade pela ótica religiosa e muito menos pela faceta da curtição. A face validada aqui é a cultural, onde não importam a crença religiosa e muito menos a propiciação a farra, bebidas ou a “pegação”. 

Embora tenha visto de passagem alguns eventos da festividade que aconteciam em diferentes locais da cidade, comentei no relatório apenas a quermesse, por ser este o único evento que realmente participei. Na famosa quermesse havia as tradicionais barracas de doces típicos, salgados, churrasco, afogado, café caipira, caldos, frutas do amor, entre outros, além das bebidas como o choconhaque, quentão, vinho quente, etc. Cada qual organizada por uma entidade filantrópica. 

Dentro da área festiva, houve ainda, espaço para uma pequena exposição de arte sobre o Divino, e outro para a venda de artesanato e publicações sobre a festividade, tudo muito bonito e muito bem organizado.

As crianças podiam ainda se divertir num parque de diversões, e tínhamos durante os dias festivos, a oportunidade de assistir a shows variados, como os de duplas e conjuntos sertanejos, grupos de congada, marujada, catira e moçambique, entre outros. O evento católico conta com momentos e locais eclesiásticos, como as rezas que antecedem o início do “afogado do Divino”, o prato mais típico da festa; a Ave Maria sempre as 18h00min; o império do Divino, que é um lindo oratório onde os fiéis podem fazer suas orações e também uma das urnas de pedidos ao Divino, os quais são incinerados junto aos pedidos realizados no principal e 1º Império do Divino, localizado na Praça da Catedral de Santana, sempre após a Missa de Encerramento, que ocorre dentro da própria Catedral e que conta com a participação do Exmo. Revmo. Bispo Diocesano e demais autoridades eclesiásticas e civis, rezadeiras, festeiros, capitães de mastro e devotos. 

Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a festa, vale a pena conferir. Independentemente da crença ou gosto musical, a festa é um “banho cultural” de tradições populares regionais que ocorrem também em outras localidades do nosso Brasil. Em 2013 as festividades foram realizadas de 9 a 19 de maio.

Um dos oratórios montados na cidade durante a festividade, chamados de Impérios do Divino. Este foi montado dentro da Quermesse próximo à entrada.

Exposição do símbolo do Divino Espírito Santo produzidos por alunos do Instituto de Educação Dona Placidina.


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